Ibovespa sobe 1%; dólar e DIs caem com dado fiscal melhor do que o esperado

Mercado tem alívio após pior sequência desde julho em dia de correção e déficit menor do que o imaginado; Petrobras sobe 3%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa sobe nesta terça-feira (29), ganhando forças depois do Governo Central registrar um déficit bem mais modesto do que o esperado pelos analistas. Ao mesmo tempo, os índices Dow Jones e S&P 500 voltavam a registrar ganhos depois de virarem para queda durante o pregão. Às 15h03 (horário de Brasília) o benchmark da bolsa brasileira tinha ganhos de 1,19%, aos 44.478 pontos. 

O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 5,081 bilhões de reais em agosto, segundo informou o Tesouro Nacional. A mediana das expectativas da pesquisa Bloomberg era de que o déficit aumentaria de R$ 7,2 bilhões para R$ 10,7 bilhões.

Com isso, o dólar virou para queda, depois de chegar a bater R$ 4,14 no intraday. O dólar comercial cai 0,69% a R$ 4,0811 na venda, ao mesmo tempo em que o dólar futuro para outubro tem queda de 1,18% a R$ 4,071. Hoje, o Banco Central fez operação de swap de mais de 20.000 contratos, além de dois leilões de linha. 

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 cai 3 pontos-base a 16,12%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem queda de 17 pbs a 16,15%. 

Quadro político
No cenário político, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu mais cortes do governo, o que causou desconforto no Planalto, segundo informações da Folha de S. Paulo. Assessores da presidente Dilma Rousseff temem que Levy esteja forçando saída.

Dilma se reúne com o ex-presidente Lula e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP) por reforma ministerial, que deve ser anunciada na quinta-feira. As conversas ocorrem em meio à espera pela definição da data de votação das contas da presidente Dilma no TCU (Tribunal de Contas da União).

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Lula e o e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim avaliaram em reunião que a chance do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassar a chapa da presidente Dilma e do vice, Michel Temer, é remota. Neste caso, seria feita uma eleição em 90 dias e Aécio Neves, senador pelo PSDB, seria o favorito, desfecho este que não interessaria a Geraldo Alckmin.

Pnad
Entre os indicadores macroeconômicos foi divulgada a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), que mostrou aumento da desocupação para 8,6% entre os meses de maio, junho e julho, dos 8% registrados em fevereiro, março e abril. A mediana dos economistas esperava que o crescimento fosse para 8,5%.

Destaques da Bolsa
As ações da Vale (VALE3, R$ 16,70, +0,66%; VALE5, R$ 13,28, +0,68%) operam em alta. depois da mineradora comunicar aos seus acionistas a proposta de reduzir para US$ 500 milhões a 2ª parcela de remuneração aos acionistas. Em relatórios, Itaú BBA e Santander ressaltaram que a notícia é positiva, já que destaca a disciplina de alocação de capital da administração e mostra compromisso da empresa com a desalavancagem. Segundo o Itaú, a aprovação pelo conselho de administração é altamente provável, sendo que os dividendos devem aumentar em 2017.

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Enquanto isso, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 8,00, +4,30%; PETR4, R$ 6,69, +3,88%) sobem na esteira dos preços do petróleo no mercado internacional, que avançam nesta sessão. No radar da estatal, a Petrobras informou que descobriu petróleo leve nos reservatórios do pré-sal no terceiro poço da área de Carcará, na Bacia de Santos. O poço informalmente conhecido como Carcará Noroeste está localizado a 226 km do litoral do Estado de São Paulo. 

Já as ações dos bancos sobem hoje após forte queda na véspera em dia de correção na Bolsa: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 26,26, +0,88%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 14,54, +0,35%) e Bradesco (BBDC3, R$ 23,63, +1,68%BBDC4, R$ 21,43, +1,37%). Além do dia de aversão ao risco, os bancos caíram na véspera após corte nas revisões dos bancos pelo Bank of America Merrill Lynch.

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

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Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 KROT3 KROTON ON 7,74 +4,45
 PETR3 PETROBRAS ON 7,99 +4,17
 PETR4 PETROBRAS PN 6,69 +3,88
 CPFE3 CPFL ENERGIA ON 14,72 +3,88
 CCRO3 CCR SA ON 11,82 +3,87

Entre as quedas ficam as ações da Gol (GOLL4, R$ 3,52, -0,56%). Ontem, a empresa teve a perspectiva do seu rating rebaixada de positiva para negativa pela agência Moody’s, e afirmou a nota da companhia em B3. Segundo a agência, a classificação “considera a alta exposição da companhia à volatilidade das taxas de câmbio e dos preços dos combustíveis, assim como a economia em recessão no Brasil”.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 BBSE3 BBSEGURIDADE ON 24,16 -1,59
 RENT3 LOCALIZA ON 24,37 -1,58
 OIBR4 OI PN 2,89 -1,03
 GGBR4 GERDAU PN 5,84 -0,68
 GOLL4 GOL PN N2 3,52 -0,57


Cenário externo
As bolsas asiáticas recuaram nesta terça-feira e chegaram a atingir a mínima em três anos e meio, pressionadas por fortes perdas em Wall Street após dados fracos da China reaquecerem as preocupações sobre sua economia frágil.

As commodities sofreram após os temores de uma demanda mais fraca empurrá-las para mínimas em vários anos. Somando-se ao cenário, as ações listadas em Hong Kong da Glencore despencaram cerca de 28% nesta terça-feira, após os papéis listados em Londres despencarem por preocupações sobre sua dívida, na sessão anterior.

“Os investidores estão preocupados com uma desaceleração forte na China… mas o maior risco é uma recessão global, e não apenas um problema chinês”, disse o diretor da UOB Kay Hian, Steven Leung.

O lucro das indústrias da China caiu ao ritmo mais rápido em quatro anos, mostraram dados oficias na segunda-feira, provocando novos temores sobre a força da economia do país antes da leitura final do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit na quinta-feira.

Enquanto isso, o dia é de mais “calmaria” nas bolsas europeias, que oscilam entre leves perdas e ganhos, enquanto as ações da mineradora Glencore repicam e sobem cerca de 4% após despencarem ontem.

Entre os dados econômicos do continente, a confiança econômica da zona do euro atingiu em setembro nova máxima em quatro anos, informou a Comissão Europeia nesta terça-feira, devido principalmente ao maior otimismo na indústria bem como os setores de varejo e serviços.

A confiança econômica subiu para 105,6 este mês ante 104,1 em agosto –maior leitura desde abril de 2011, quando foi de 106,1.

Já os índices futuros americanos registram leve alta após a forte baixa de ontem.

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