Ibovespa segue exterior e fecha quarta sessão consecutiva no vermelho; dólar se aproxima dos R$ 4,90

Principal índice da bolsa brasileira recua acompanhando performance internacional e sentindo peso de ameaças fiscais

Felipe Moreira

(Gearstd/Getty Images)

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O principal índice da bolsa brasileira chegou a tocar o terreno positivo mais cedo, mas viu sua queda acelerar por volta da última hora do pregão desta quarta-feira (8). Com a baixa de hoje, o Ibovespa engatou sua quarta queda consecutiva.

O índice brasileiro repercutiu a queda dos mercados globais, em meio a preocupações persistentes com a inflação e medidas dos Bancos Centrais para contê-la.

Para Juan Espinhel, da Ivest Consultoria, ainda pesaram sobre a bolsa, o aumento dos riscos fiscais representados pelos projetos do governo para diminuir os preços dos combustíveis. “O mercado está desconfiado por não saber ao certo qual será o impacto fiscal das medidas propostas”, disse.

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O Ibovespa caiu 1,55%, aos 108.367 pontos, após oscilar entre 108.045 e 110.142 pontos. O volume financeiro foi de R$ 22,4 bilhões.

As ações da Qualicorp (QUAL3) e da Cogna (COGN3) foram os destaques positivos, subindo, respectivamente, 3,20% e 2,41%, seguidas pelas ações da Hapvida (HAPV3) com ganhos de 2,39%.

Papéis da Qualicorp foram destaque positivo, mesmo após o Itaú BBA ter cortado sua recomendação para a ação da empresa de compra para neutra, cortando também o preço-alvo. Já as ações da Hapvida registram recuperação após sete sessões seguidas em baixa.

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As ações da Weg (WEGE3) e da Gerdau (GGBR4) foram os destaques negativos, recuando, respectivamente, 5,93% e 4,90%, seguidas das ações da CSN (CSNA3), com perda de 4,93%.

O recuo das ações de siderúrgicas e da mineradora Vale (VALE3), de 3,44%, está relacionado ao sentimento geral de aversão ao risco, com expectativa de um crescimento global menor.

O dólar fechou em alta de 0,33%, a R$ 4,890, depois de oscilar entre R$ 4,848 e R$ 4,907. A alta da divisa americana foi em meio a preocupações de aumento da inflação mundial e de desaceleração da economia global, e com os investidores avaliando as perspectivas fiscais do Brasil.

No aftermarket, às 17h07, os juros futuros operam em alta, ajustando-se na véspera do IPCA de maio e a uma semana do Copom. O DIF23, +0,04 pp, a 13,48%; DIF25, +0,43 pp, a 12,71%; DIF27, +0,40 pp, a 12,62%; DIF29, +0,08 pp, a 12,69%.

Em Wall Street, as bolsas quebraram sequência de duas altas consecutivas e fecharam em baixa, com investidores atentos ao mercado de títulos e aos sinais de uma possível desaceleração econômica.

O índice Dow Jones caiu 0,81%, aos 32.910 pontos. O S&P 500 recuou 1,08%, aos 4.115 pontos, enquanto o Nasdaq teve baixa de 0,73%, aos 12.086 pontos.

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