Ibovespa recua com inflação acima do previsto e tensões na Ucrânia-Rússia; dólar fecha na casa dos R$ 5,00

Novas sanções à Rússia e tensão na Ucrânia voltam a pesar sobre índices e cenário interno sofre com inflação acima do esperado

Equipe InfoMoney

(shutterstock)

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Depois de subir na abertura, a bolsa brasileira mudou de direção com a divulgação da prévia da inflação de fevereiro, medida pelo IPCA-15, que avançou 0,99% superando o consenso de 0,85%. O Ibovespa fechou em baixa 0,78%, aos 112.007 pontos, após oscilar entre 111.748 e 113.721. O volume financeiro foi de R$ 29,2 bilhões.

Também pesou sobre o índice o aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia, em meio à decretação por parte da Ucrânia de estado de emergência, pedindo que seus cidadãos na Rússia fuja, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev.

Segundo a Newsweek, citando fontes da agência de inteligência dos EUA, a Rússia está se preparando para realizar uma invasão em grande escala na Ucrânia nas próximas 48 horas.

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O destaque positivo do Ibovespa ficou com as ações da Eletrobras (ELET6;ELET3), com alta de 3,27% e 2,14%, respectivamente, seguidas pela Cemig (CMIG4). A forte alta da Eletrobras vem após a aprovação por parte dos acionistas no projeto de desestatização da companhia, prevista para acontecer no primeiro semestre do ano.

Os destaques negativos ficaram com 3R Petroleum (RRRP3) e Banco Inter (BIDI11) que caíram, respectivamente, 12,47% e 12,12%, seguidas pela CVC (CVCB3), que recuou 6,31%. As ações da 3R e do Inter despencam após a divulgação dos resultados do quarto trimestre virem mais fracos que as expectativas.

O dólar manteve a trajetória de queda na sessão de hoje, com movimento se intensificando após a inflação pelo IPCA-15 vir acima do esperado, que reforçou as apostas de que o BC terá que levar a taxa de juros para perto de 13% para conter a inflação – quanto mais altos juros aqui, mais interessante é o “carry trade” para o investidor estrangeiro, que ainda se aproveita das taxas próximas de zero nos EUA e Europa. A divisa americana fechou em baixa de 0,95%, a R$ 5,0042, após oscilar entre R$ 4,9946 e R$ 5,0511.

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Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, destaca que o dólar vem operando com viés de baixa desde o começo de janeiro, em grande parte proveniente da entrada de capital estrangeiro no Brasil, que também enxerga espaço para crescimento das ações brasileiras.

A curva de juros recuou em bloco: DIF23, -0,10 pp, a 12,33%; DIF25, -0,16 pp, a 11,25%; DIF27, – 0,10 pp, a 11,16%; DIF29, -0,05 pp, a 11,35%

Nos EUA, o presidente americano Joe Biden anunciou novas sanções econômicas à Rússia, que vem escalando seu tom contra o país do leste europeu – entre elas, a de destaque na tarde de hoje são as impostas à companhia responsável pelo Nord Stream 2, gasoduto que ligaria o país presidido por Vladimir Putin ao restante da Europa. Com isso, os mercados em Wall Street fecharam em baixa. O índice Dow Jones recua 1,38%, enquanto o S&P 500 e a Nasdaq caem, respectivamente, 1,84% e 2,57%.

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