Ibovespa recua com embargo dos Estados Unidos a petróleo russo; dólar volta a cair

Novas sanções à Rússia voltam a pesar sobre índices e trazer temores de inflação elevada mundo afora

Felipe Moreira

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A Bolsa brasileira operou entre ganhos e perdas durante o pregão desta terça-feira (8), fechando em baixa, principalmente, repercutindo o embargo total do petróleo russo, que levou à commodity a mais um dia de fortes altas. O Ibovespa fechou em baixa de 0,35%, aos 111.203 pontos, depois de oscilar entre 110.969 e 112.389. O volume financeiro foi de R$ 38,7 bilhões.

Segundo Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, o embargo à compra de petróleo da Rússia pelos EUA pode fortalecer a tendência de uma inflação global, porque se existe pouca oferta da commodity e grande demanda, os preços se elevam. “Um alto preço de petróleo pode acarretar alta em toda cadeia de serviços, vestuário, commodities, entre outros”.

Destaque positivo para ações da AZUL (AZUL4) e Gol (GOLL4) avançando, respectivamente, 7,09% e 7,08%, seguidas pela BRF (BRFS3), com alta de 7,03%. Após três dias seguidos de queda, com o setor aéreo penalizado pela disparada do preço do petróleo, refletindo mais custos com combustível, a Azul divulgou dados operacionais acima das estimativas nesta terça e se recuperou parcialmente.

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O destaque negativo ficou para o setor de siderurgia, com CSN (CSNA3) e Vale (VALE3) caindo, respectivamente, 4,80% e 4,39%, seguidas pela Locaweb (LWSA3), recuando de 3,98%.

“Com a recente alta do minério, há a realização de lucros. Além disso, com as sanções adotadas contra a Rússia o setor de siderurgia deve ser impactado”, diz Ativa Investimentos.

O dólar voltou a cair perante o real na sessão de hoje, após o presidente americano Biden anunciar o embargo ao petróleo e gás russo. A disparada nos preços destas e de outas commodities reforçou o cenário de pressão inflacionária, com diversas instituições revisando suas previsões de inflação para cima e, por tabela, prevendo Selic acima de 13%. A moeda americana recuou 0,52%, a R$ 5,053, após oscilar entre R$ 5,045 e R$ 5,100.

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Os juros futuros fecharam majoritariamente em alta: DIF23, – 0,6 pp, a 13,06%; DIF25, + 0,01 pp, a 12,34%; DIF27, + 0,03 pp, a 12,16%; DIF29, +0,04 pp, a 12,24%.

Nos EUA, as bolsas fecharam em baixa, com investidores avaliando o aumento dos preços das commodities e a desaceleração do crescimento econômico decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia.

O aumento dos preços do petróleo, gasolina, gás natural e metais preciosos como níquel e paládio estão alimentando preocupações sobre uma desaceleração do crescimento global em meio ao aumento da inflação.

O índice Dow Jones caiu 0,57%, aos 32.631 pontos. Nasdaq teve baixa de 0,28%, aos 12.795 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,73%, aos 4.170 pontos.

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