Ibovespa recua com aversão ao risco e acumula queda de 1,49% ao ano; dólar sobe

Dados da China trazem perspectiva de desaceleração e aumentam temor de recessão mundial

Felipe Moreira

(shutterstock)

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A bolsa brasileira fechou em queda nesta segunda-feira (9), em meio a temores de uma desaceleração econômica da China e de uma intensificação do aperto monetário nos EUA.

Os números do comércio exterior na China desaceleraram em abril, o que reiterou o cenário de que a segunda maior economia do mundo está sofrendo com as consequências da política de Covid zero, adotada pelas autoridades.

Os preços das commodities fecharam em forte baixa com a perspectiva de desaceleração da economia chinesa, principal importadora das matérias-primas do mundo. Isso levou à forte queda das ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3;PETR4).

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O Ibovespa caiu 1,79%, aos 103.250 pontos, após oscilar entre 102.768 e 105.109 pontos. O volume financeiro foi de R$ 33,5 bilhões. Com a queda de hoje, o índice acumula perda de 1,49% ao longo deste ano.

As ações da JHSF (JHSF3) e BTG (BPAC11) foram destaques positivos e subiram, respectivamente, 4,11% e 3,61%, seguidas pelas ações da BRF (BRFS3), com ganho de 2,75%.

As ações do BTG subiram após divulgação de seus respectivos balanços.

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As ações da Locaweb (LWSA3) e da Petz (PETZ3) foram os destaques negativos da sessão, recuando, respectivamente, 14,44% e 10,88%, seguidas das ações do Magazine Luiza (MGLU3), com perdas de 9,07%.

As ações de tecnologia e consumo recuaram com a alta do juros futuros e do dólar.

O dólar voltou a subir – chegando ao maior nível em quase 2 meses – repercutindo a aversão ao risco nos mercados globais e a saída de capital estrangeiro do país. A moeda americana subiu 1,60%, a R$ 5,156 após oscilar entre R$ 5,102 e R$ 5,160.

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Para Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos, a saída do investidor estrangeiro tem pesado na Bolsa brasileira e levado à apreciação do dólar.

No aftermarket, às 17h06, os juros futuros recuam: DIF23, -0,34 pp, a 13,30%; DIF25, -0,80 pp, a 12,44%; DIF27, -0,44 pp, a 12,32%; DIF29, -0,16 pp, a 12,43%.

Em Wall Street, as bolsas recuaram acentuadamente, levando o S&P 500 a perder o nível de 4.000 pela primeira vez em mais de um ano, à medida que a venda do mercado continuava. Todos os setores, exceto os de consumo básico, fecharam no vermelho.

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O índice Dow Jones recuou 1,99%, aos 32.245 pontos. O S&P 500 caiu 3,20%, aos 3.991 pontos, enquanto o Nasdaq teve baixa de 4,29%, aos 11.623 pontos.

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