Ibovespa Futuro tenta corrigir após disparada por petróleo ontem; dólar sobe 0,4%

Pré-market mostra indefinição após forte alta da Bolsa ontem

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre estável nesta quinta-feira (29), tentando corrigir uma parte dos ganhos de ontem, apesar do desempenho positivo das bolsas mundiais, que registram alta ainda em reflexo do acordo para limitar a produção de petróleo dos países membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Ainda no radar, os investidores repercutem levemente a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos relativo ao segundo trimestre, que veio acima do esperado. Por aqui, o mercado se mostra otimista com a possibilidade de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241/2016 do teto dos gastos mantendo os pontos essenciais do texto.  

Às 9h40 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para outubro tinha leve queda de 0,18%, a 59.670 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tem alta de 0,45% a R$ 3,231. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 opera estável a 12,18%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 registra perdas de 1 ponto-base a 11,55%. 

Acordo da Opep
Ontem, a organização informou que vai reduzir a produção de 33,2 milhões de barris por dia para um intervalo entre 32,5 milhões e 33 milhões diários. Após a notícia, os contratos dispararam mais de 5%, atingindo a maior valorização diária desde abril. Para alguns especialistas, sem um acordo da Opep, a tendência era de os preços atingirem US$ 40,00 ou até furarem esse patamar. 

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Hoje, o petróleo WTI (West Texas Intermediate) cai 0,21% a US$ 46,91 o barril, enquanto o contrato futuro para dezembro do barril do Brent recua 0,55% a US$ 48,97. 

Cenário externo
As bolsas mundiais seguem o ânimo da véspera, quando os mercados tiveram alta com o acordo alcançado pela Opep para reduzir a produção. Contudo, os mercados seguem atentos à bateria de indicadores nos EUA, com destaque para o PIB, e para a fala da presidente do Federal Reserve Janet Yellen, além das falas de outros dirigentes da autoridade monetária ao longo do dia. Na Europa, o destaque de ações fica para o Deutsche Bank, que tem alta superior a 2%; as especulações são de que o banco, em dificuldades financeiras, terá que ser resgatado pelo governo alemão, apesar de ambos negarem que estejam trabalhando por um pacote de resgate.

 PIB dos EUA
No segundo trimestre de 2016, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos foi de 1,4% na comparação anual, de acordo com o dado final divulgado nesta quinta-feira. O número veio acima da mediana das expectativas do mercado, que eram de que o crescimento fosse de 1,3% segundo o consenso da Bloomberg. A segunda prévia havia apontado que o crescimento anualizado tinha sido de 1,1%, enquanto a primeira tinha mostrado um avanço de 1,2%.

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Bancos centrais
No dia dos dados do PIB dos EUA, os mercados também se voltam para a fala da chaiwoman do Federal Reserve – o banco central dos EUA – Janet Yellen, às 17h. Ao longo do dia, dirigentes do Fed como Dennis Lockhart (Atlanta), Jerome Powell e Neel Kashkari discursam. Já o presidente do Bank of Japan, Haruhiko Kuroda, falará hoje às 21h. 

Agenda doméstica
A agenda doméstica também é movimentada, com destaque para o resultado do governo central que, segundo estimativa mediana da pesquisa Bloomberg, deve ter tido déficit primário de R$ 18,8 bilhões em agosto. Dado será divulgado às 14h30. A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, comenta o resultado em coletiva de imprensa às 15h00 em Brasília. Antes disso, às 10h, saem os dados de arrecadação em agosto, com estimativa de um resultado de R$ 95 bilhões. Já o Conselho Monetário Nacional, CMN, se reúne e pode decidir a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) para o quarto trimestre; a estimativa mediana em pesquisa Bloomberg é que ela seja mantida em 7,50%.

Noticiário corporativo
No noticiário corporativo, destaque para o BTG Pactual (BBTG11), que teve seu rating elevado de “B+” para “BB-” pela agência classificadora de risco, Standard & Poor’s. Já a Profarma (PFRM3) teve seus ratings colocados em observação negativa pela Fitch (a nota nacional de longo prazo da empresa é “BBB+”. Enquanto isso, a Sanepar (SAPR4) negou que tenha definido os valores para a sua oferta de ações, que segundo o Valor Econômico, movimentaria R$ 1,5 bilhão. Já o JPMorgan elevou a recomendação para as ações da QGEP (QGEP3) para neutra. Confira mais detalhes clicando aqui.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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