Ibovespa Futuro fica próximo da estabilidade de olho no exterior; DIs recuam após IPCA-15

Mercado fica em compasso de espera de olho em bateria de indicadores doméstica e internacional

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro fica próximo da estabilidade nesta sexta-feira (20), oscilando entre perdas e ganhos, seguindo o dia de cautela nos mercados globais antes de uma bateria importante de indicadores, incluindo o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos do terceiro trimestre.

Às 09h18 (horário de Brasília), o índice futuro registrava alta de 0,09%, a 115.780 pontos, enquanto o dólar futuro com vencimento em janeiro recuava 0,16%, para R$ 4,064.

O indicador será publicado às 10h30 (horário de Brasília), com estimativa compilada pela Bloomberg de um crescimento de 2,1%, mesmo valor registrado na estimativa anterior. Ainda pela manhã, o Departamento de Comércio divulgará os gastos dos consumidores em novembro.

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Além disso, os investidores ficam de olho no Reino Unido, onde o primeiro-ministro Boris Johnson deve colocar para votação o seu acordo do Brexit.

Por aqui, foi publicado o IPCA-15 de dezembro, com alta de 1,05%, contra estimativa compilada pela Bloomberg de 0,95%. Já na comparação anual, o dado passou para 3,91%. Com esta alta, o mercado deve reduzir as projeções de mais um corte na Selic no início de 2020.

Após o dado, os juros futuros chegaram a subir, mas em seguida viraram para o negativo. O DI para janeiro de 2021 tem queda de dois pontos-base a 4,66% e o DI para janeiro de 2023 recua um ponto, a 6,05%. Já o juro futuro para janeiro de 2025 está estável em 6,72%.

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A virada dos juros futuros ocorreu após investidores atentarem para Núcleo IPCA-EX3, que agrega apenas os itens selecionados de serviços e bens industriais. Este dado teve pouca aceleração, passando de 0,22% para 0,27%, segundo a gestora Ibiúna, o que indica que a aceleração da inflação não é generalizada. Este núcleo corresponde a 52,1% dos preços livres e 38% da cesta do IPCA, segundo o Banco Central.

Política

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro disse que o senador Flávio Bolsonaro praticou lavagem de dinheiro no valor estimado de R$ 1,6 milhão, em uma franquia de uma marca de chocolates de sua propriedade desde 2015.

O MP-RJ, informa o diário Valor Econômico, suspeita que a franquia foi usada para a lavagem de dinheiro recolhido por Fabrício Queiroz, policial aposentado que trabalhava no gabinete de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual no Rio de Janeiro. O advogado Frederik Wassef, que defende o senador, disse que os agentes não encontraram nada na loja que comprometesse o seu cliente.

Leilão da Aneel

O leilão de transmissão de energia feito ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atraiu R$ 4,18 bilhões em investimentos, informa hoje o jornal O Estado de S.Paulo.

O leilão teve a participação de 38 empresas nacionais e estrangeiras e registrou o maior deságio em uma operação deste tipo, de 60,3%. Os projetos foram divididos em 12 lotes e os colombianos da empresa ISA Cteep conquistaram três, em um investimento que soma R$ 1,3 bilhão. O leilão foi considerado um sucesso pelo governo federal.

Noticiário corporativo

No radar corporativo, destaque para os proventos anunciados pelo Bradesco, Vale e Telefônica, enquanto a Ambev informou na noite de ontem que fará várias operações de “equity swap” nos próximos 18 meses.

Além disso, a Smiles e Gol aprovaram um reajuste no preço de passagens e milhas, entrando em vigor a partir de 1º de janeiro. Os preços das passagens padrão vendidas pela Gol à Smiles terão acréscimo de 41%, enquanto as milhas vendidas pela Smiles à Gol terão alta de 2,7%.

Já a Tupy S.A. informou que fechou um acordo com a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) para comprar a fundição de ferro Teksid, que tem fábricas no Brasil, México, Polônia, Portugal e China, além de escritórios nos Estados Unidos e na Itália. A empresa irá pagar 210 milhões de Euros (R$ 946,5 milhões), soma que representa 4,9 vezes a margem Ebitda da fundição de ferro para 2019.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.