Ibovespa Futuro tem leve queda com correção após recorde histórico; dados do BC ficam no radar

Pré-market mostra um desempenho errático depois do Relatório de Inflação do Banco Central

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro tem leve queda nesta quinta-feira (19) com uma leve correção após o índice à vista superar os 114 mil pontos pela primeira vez na história ontem. No cenário internacional, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou o impeachment do presidente Donald Trump. O processo agora vai ao Senado, onde não se espera o mesmo resultado, visto que a maioria da casa é Republicana.

Por aqui, o Banco Central divulgou o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No documento, o BC apontou que o maior impulso da economia em 2020 está condicionado ao cenário de continuidade das reformas e ajustes na economia brasileira.

Às 9h11 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para fevereiro tem queda de 0,26%, a 114.645 pontos.

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Já o dólar comercial tinha leves perdas de 0,04% no mesmo horário, a R$ 4,0644 na compra e R$ 4,0664 na venda. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava leves ganhos de 0,06%, a R$ 4,066.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai quatro pontos-base a 4,59% e o DI para janeiro de 2023 recua um ponto, a 5,94%.

Destaca-se ainda no RTI do Banco Central a elevação das projeções de crescimento da economia brasileira. Em 2019, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 0,9%, previsto em setembro, para 1,2%. Para 2020, a projeção para o crescimento do PIB foi revisada de 1,8% para 2,2%.

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Falas de Paulo Guedes e Campos Neto

O ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs a tributação sobre transações financeiras feitas por celulares e outros aparelhos digitais, como uma espécie de “contrapartida” para desonerar a folha de pagamentos das empresas. Guedes admitiu que existe forte resistência à recriação de um imposto no modelo da CPMF. “Sempre consideramos que para desonerar a folha de pagamentos precisávamos de um tributo sobre as transações”, afirmou ontem em Brasília. “CPMF virou um negócio maldito, então acabou-se”.

Já em entrevista à GloboNews, o  presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou em  que “a dinâmica do câmbio no Brasil mudou em relação ao passado” e que a pressão cambial agora é diferente na inflação. “Quando o câmbio piorava, as expectativas com o Brasil pioravam. Desta vez foi diferente”, relatou. “O câmbio se desvalorizou com a percepção de melhora do País, com a Bolsa batendo recorde e redução do prêmio de risco.” Na avaliação de Campos Neto, a pressão atual no câmbio é causada pelo movimento de pré-pagamento de dívidas das empresas no exterior.

Noticiário corporativo

A Marfrig Global Foods S.A. comunicou ontem à CVM que antecipará de 2023 para agora o pagamento das suas notas sênior, em um valor de US$ 446 milhões (R$ 1,8 bilhão). Essas notas foram emitidas pela Marfrig Holdings B.V. na Europa em 2016. Já a operadora mexicana América Móvil (AMX), dona da Claro no Brasil, informou ontem à CVM que concluiu a compra de toda a Nextel Brasil, pela qual pagou US$ 905 milhões (R$ 3,6 bilhões).

Atenção ainda para a Petrobras. A estatal divulgou diversos comunicados, afirmando que concluiu que o Comperj não tem atratividade econômica, além da adesão a programas tributários de estados. A estatal ainda anunciou pagamento de R$ 2,35 bilhões de JCP.

(Com Agência Brasil)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.