Ibovespa Futuro tem leve baixa com taxa de desemprego e inflação nos EUA no radar

Mercado segue de olho em reunião de líderes de finanças do G20 em SP

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta quarta-feira (29), à medida que investidores digerem a taxa de desemprego do mês de janeiro, enquanto aguardam por dados de inflação nos Estados Unidos.

A taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, estável em relação ao trimestre encerrado em outubro, mas acima do 7,4% observados em dezembro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O dado veio abaixo do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previa taxa de 7,8% no primeiro indicador do ano.

Enquanto isso segue em São Paulo a reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20. Na véspera, eles iniciaram uma discussão sobre os desafios para a economia global tentando deixar de lado as profundas divisões geopolíticas, enquanto as potências ocidentais discutiram sobre como lidar com os ativos russos congelados.

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Às 9h14 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com desvalorização de 0,18%, aos 131.600 pontos.

Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em baixa, com investidores à espera da divulgação do deflator do consumo de janeiro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed). O indicador ganhou ainda mais relevância depois que tanto o CPI quanto o PPI, que medem preços ao consumidor e ao produtor, vieram acima da expectativas e o BC americano passou a sinalizar que não tem pressa de começar a reduzir juros.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,26%, S&P Futuro recuava 0,20% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,15%.

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Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com alta de 0,19%, cotado a R$ 4,978 na compra e R$ 4,979 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,26%, indo aos 4,978 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta. O DIF25 opera com alta de 0,01 pp, a 10,01%; DIF26, +0,04 pp, a 9,87%; a DIF27, +0,05 pp, a 10,08%; DIF28, +0,06 pp, a 10,34%; DIF29 +0,04 pp, a 10,50%.

Os preços do petróleo operam em baixa, após um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA ter alimentado preocupações sobre a demanda lenta, enquanto os sinais de que as taxas de juros dos EUA poderiam permanecer elevadas por mais tempo também aumentaram a pressão.

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 As cotações do minério de ferro na China fecharam em leve baixa, com os investidores reavaliando as perspectivas de demanda no curto prazo na China, principal consumidor, em meio a expectativas de que as siderúrgicas aumentem a produção, apesar das preocupações persistentes com o setor imobiliário.

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com algumas demonstrando cautela antes de novos dados de inflação dos EUA e as chinesas avançando após mais iniciativas de Pequim para sustentar os mercados locais. O índice japonês Nikkei ficou levemente no vermelho em Tóquio pelo segundo dia consecutivo, com baixa de 0,11%, a 39.166,19 pontos, depois de atingir picos históricos nos três pregões anteriores, enquanto o Hang Seng caiu 0,15% em Hong Kong, a 16.511,44 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,37% em Seul, 2.642,36 pontos.

Os mercados europeus operam no campo positivo, com investidores de olho em relatórios de inflação nos EUA e na Europa. Os dados da inflação alemã, espanhola e francesa relativos a fevereiro deverão ser divulgados hoje.