Ibovespa Futuro tem leve alta na contramão do exterior, com atenções a relatório de emprego nos EUA e PEC da Transição

A semana se encerra com avanços, mas ainda sem definição sobre a PEC.

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

Publicidade

O Ibovespa Futuro opera em alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (2), após o índice a vista cair na véspera, com investidores ainda monitorando a questão fiscal e as sinalizações sobre a equipe econômica do governo eleito.

Às 9h15 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha alta de 0,26%, aos 111.870 pontos.

Nos EUA, os índices futuros dos EUA operam em baixa à espera de dados do relatório de empregos (payroll) de novembro dos EUA, com previsão de criação de 200 mil empregos, enquanto investidores monitoram políticas contra Covid da China.

Continua depois da publicidade

Analistas também esperam que a taxa de desemprego nos EUA se mantenha em relação ao mês anterior, em 3,7%. Dados abaixo do esperado devem reforçar as apostas na redução do ritmo de alta na taxa de juros americana.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,16%, S&P Futuro caía 0,13% e Nasdaq Futuro tinha baixa de 0,21%.

No Brasil, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve ter nesta manhã uma conversa com a imprensa em Brasília, mas a expectativa é que a semana chegue ao fim sem o aguardado anúncio de quem será seu ministro da Fazenda. A opção de Lula, segundo noticiou a Reuters, foi por anunciar um conjunto de nomes de sua nova equipe e as articulações nesse sentido seguem em curso.

A PEC da Transição, que autoriza gastos fora do limite do teto de gastos, segue no radar do mercado, com a votação do texto no plenário do Senado prevista para quarta-feira.

A semana se encerra com avanços, mas ainda sem definição sobre a PEC. Ontem, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha, afirmou que o novo governo aceita negociar uma redução de impacto e prazo da proposta, para algo próximo de R$ 150 bilhões por um prazo de dois anos.

Na agenda de indicadores, as atenções estão voltadas para a produção industrial de outubro, que subiu 0,3%, após dois meses de queda.

Dólar

O dólar comercial opera com baixa de 0,47%, cotado a R$ 5,171 na compra e R$ 5,172 na venda. Já o dólar futuro para janeiro tem desvalorização de 0,20%, a R$ 5,204.

O DXY que mede a performance do dólar diante de uma cesta de moedas opera em queda, com dados mostrando o aumento dos gastos do consumidor americano em outubro, encorajando as esperanças dos investidores de que o pico nas taxas de juros esteja próximo.

No mercado de juros, os contratos futuros operam em baixa. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável, a 13,68%; DIF25, -0,15 pp, a 12,97%; DIF27, -0,14 pp, a 12,58%; e DIF29, -0,11 pp, a 12,59%.

Continua depois da publicidade

Exterior

Os mercados europeus operam em baixa nesta sexta-feira, com investidores monitorando de perto as notícias da China sobre sua política de Covid Zero e aguardando os dados das folhas de pagamento dos Estados Unidos.

As ações do setor de petróleo e gás lideraram as perdas no continente após a União Europeia concordar provisoriamente com um teto de US$ 60 para o preço do barril de petróleo russo transportado por via marítima, segundo um documento visto pela Reuters. O teto de preço, uma ideia proposta pelo G-7, ainda requer a aprovação de todos os 27 governos da UE nesta sexta-feira.

Em indicadores, os investidores vão repercutir os dados de importação e exportação da Alemanha e preços ao produtor da zona do euro.

Continua depois da publicidade

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa no último pregão da semana, à medida que investidores buscam clareza sobre as mudanças nas regras de restrições da Covid na China. A mudança na estratégia de “Covid zero” da China aumentou o otimismo sobre a recuperação da demanda por petróleo no país. As cidades de Guangzhou e Chongqing anunciaram uma flexibilização das restrições na quarta-feira.

Em indicadores, a inflação da Coreia do Sul para novembro ficou em 5% na base anual, abaixo das estimativas de 5,1% de uma pesquisa da Reuters.

Os preços do minério de ferro sobem mais de 2% nesta sexta-feira, repercutindo relaxamento das restrições rígidas da Covid-19 em algumas cidades da China, maior produtora mundial de aço.
(com Reuters)