Ibovespa Futuro tem leve alta de olho no cenário fiscal e às vésperas da Super Quarta

Fim do juros negativo no Japão é destaque no exterior

Felipe Moreira

(Shutterstock)

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O Ibovespa Futuro opera em alta nesta terça-feira (19), com investidores montando posições antes das decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil na quarta-feira (20). Em meio a isso, as discussões em torno da pauta fiscal continuam limitando os ganhos da bolsa brasileira e, nesse sentido, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o entendimento do Governo de que seria possível limitar o contingenciamento em 2024 a R$ 25,9 bilhões pode ser uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal e à lei de finanças, adicionado maior pressão sobre as contas públicas, na avaliação do BBI.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a pasta enviará hoje à Casa Civil um projeto de lei que trata da cobrança de impostos sobre aplicações financeiras. O ministro ainda participa de seminário sobre descabonização, no qual também estarão presentes os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Às 9h12 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com alta de 0,07%, aos 127.900 pontos.

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Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em baixa, à medida que investidores digerem as notícias da conferência de inteligência artificial da Nvidia, enquanto o Federal Reserve inicia sua reunião de dois sobre a política monetária.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,19%, S&P Futuro recuava 0,42% e Nasdaq Futuro operava com baixa de 0,64%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com alta de 0,41%, cotado a R$ 5,046 na compra e R$ 5,047 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,16%, indo aos 5,047 pontos.

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Os preços do petróleo operam em queda, mas caminham para subir quase 4% durante a semana, uma vez que quedas acentuadas nos estoques de petróleo e combustível dos EUA, ataques de drones em refinarias russas e um aumento nas previsões de demanda por energia impulsionaram os preços.

Os preços do petróleo operam em baixa, devido em parte à perspectiva de aumento da oferta da Rússia, bem como à possibilidade de uma demanda downstream mais lenta do que o esperado em setores como o de combustível de aviação.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, em parte estimulado pelo último lote de dados otimistas da China.

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Em uma decisão amplamente esperada, o BoJ elevou seu juro básico para uma faixa de 0% a 0,1% – no primeiro aumento desde 2007 -, depois de mantê-lo em -0,1% por mais de oito anos. Posteriormente, no entanto, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, reforçou que as condições monetárias permanecerão acomodatícias.

Em outras partes da Ásia, os mercados ficaram no vermelho. Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,72%, a 3.062,76 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,43%, a 1.795,72 pontos, pressionados por ações financeiras e da indústria farmacêutica. O Hang Seng teve baixa de 1,24% em Hong Kong, a 16.529,48 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,10% em Seul, a 2.656,17 pontos, e o Taiex apresentou leve perda de 0,11% em Taiwan, a 19.857,20 pontos.

Os mercados europeus operam sem direção única, enquanto os investidores globais aguardam o início da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve. Os papéis de petróleo e gás subiram 0,7%, enquanto os de serviços públicos caíram 0,7%