Ibovespa Futuro tem leve alta com bolsas europeias e futuros dos EUA apesar de “sell-off” na China

Pré-market se sustenta em terreno positivo apesar da reabertura em forte baixa das bolsas chinesas

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro tem leve alta nesta segunda-feira (3) seguindo as bolsas europeias e os futuros dos índices dos Estados Unidos. Na China, por outro lado, os mercados sangram, com a bolsa de Xangai fechando em queda de 7,72% em sua reabertura após ficar fechada desde o dia 24 de janeiro por conta da propagação do coronavírus.

A doença já infectou 17,2 mil pessoas, matando 361. O governo americano proibiu a entrada de qualquer pessoa não-residente vinda da China, onde começou a epidemia. Segundo a CNBC, o governo chinês acusou os Estados Unidos de exagerarem e provocarem “medo” com o surto do coronavírus.

Às 09h16 (horário de Brasília), o índice futuro para fevereiro registrava alta de 0,16%, aos 114.065 pontos, enquanto o dólar futuro para março cai 0,29%, a R$ 4,276. Em janeiro, o dólar subiu 6,8%, a maior alta mensal em dez anos.

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Por aqui, o Congresso Nacional volta hoje do recesso com apenas três projetos prontos para votação, informa o jornal O Globo. A mudança na Lei do Saneamento é a única elencada como prioritária, no curto prazo, pelo poder executivo e pelos líderes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Há também as reformas tributária e administrativa, cuja tramitação ainda depende do envio das propostas do poder executivo.

A oposição quer convocar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para explicar as falhas no Enem, mas não definiu uma data. Desgastado pela crise com um dos seus assessores, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, lerá uma mensagem elencando as prioridades do governo.

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Entre os indicadores, o Relatório Focus do Banco Central mostrou uma leve revisão para baixo nas expectativas dos economistas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. A projeção oscilou de 2,31% para 2,3%. Já para 2021 a perspectiva se manteve em 2,5%.

Com relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial de inflação do Brasil, a projeção do mercado recuou de 3,47% para 3,4% em 2020 e se manteve em 3,75% em 2021.

As previsões para o câmbio continuaram em R$ 4,10 para 2020, mas subiram de R$ 4,00 para R$ 4,05 em 2021. A expectativa para a Selic de 2020 segue em 4,25% e para 2021 caiu de 6,25% para 6%.

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Noticiário corporativo

A Cogna (COGN3) fará uma oferta pública primária de 172,1 milhões de ações na B3, ao valor de R$ 2 bilhões. A empresa informou que usará a soma levantada para a aquisição de “sociedades que atuam no ensino superior” no Brasil. Posteriormente, a empresa ofertará ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) no valor de R$ 700 milhões, em outra operação.

Já a construtora e incorporadora MRV (MRVE3) comunicou que resolveu as questões sobre o investimento na sua subsidiária AHS Residential nos Estados Unidos. Segundo a MRV, houve uma conciliação de interesses entre o maior acionista individual no Brasil, Rubens Menin, e os outros acionistas.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.