O Ibovespa Futuro opera com alta nesta segunda-feira (4), com medidas de estímulo adotadas pela China dando um tom otimista aos mercados, em dia de liquidez reduzida em função de feriado nos Estados Unidos, enquanto declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão no radar dos investidores.
A China intensificou seu estímulo para impulsionar a economia, com os principais bancos do país abrindo caminho para mais cortes nas taxas de empréstimo e fontes dizendo que Pequim planeja mais medidas, incluindo o relaxamento de restrições para a compra de casas.
Investidores também permaneciam otimistas depois que um salto na taxa de desemprego dos EUA consolidou as expectativas de uma pausa nos aumentos de juros. Os mercados norte-americanos ficarão fechados nesta sessão devido ao feriado do Dia do Trabalho.
Por aqui, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, concederá palestra a partir das 14h (horário de Brasília) em evento promovido pelo Banco J.P. Morgan. Ele fala depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter dito no sábado que o Banco Central deve entender o “recado” que o Ministério da Fazenda está enviando e reduzir a taxa de juros.
Às 9h17, o índice futuro com vencimento em outubro operava com valorização de 0,08%, a 119.155 pontos.
Nos EUA, os índices futuros operam com alta, quando mercados a vista de ações e títulos dos EUA estão fechados devido ao feriado do Labor Day.
Nesta manhã, o S&P Futuro tinha alta 0,13% e Nasdaq Futuro operava com valorização de 0,25%.
Dólar
O dólar comercial opera com queda de 0,10%, cotado a R$ 4,935 na compra e R$ 4,936 na venda. Já o dólar futuro para setembro recuava 0,20%, equivalente a R$ 4,955.
No mercado de juros, os contratos futuros operam mistos nesta segunda-feira. O DIF24 (janeiro para 2024) opera estável, a 12,38%; DIF25, +0,01 pp, a 10,58%; DIF26, +0,01 pp, a 10,18%; DIF27, -0,02 pp, a 10,32%; DIF28, -0,01 pp, a 10,59%; DIF29 +0,01 pp, a 10,78%.
Exterior
Os mercados europeus operam com alta, impulsionados pelas negociações durante a noite na Ásia-Pacífico, além da repercussão de dados da região.
Na segunda-feira, os dados comerciais alemães mostraram uma queda mensal de 0,9% nas exportações em julho, enquanto as importações aumentaram 1,4%. Economistas consultados pela Reuters previam um declínio mensal de 1,5% nas exportações de julho para a maior economia da Europa, que está a desacelerar em muitas áreas.
Os investidores estarão de olho no discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. Lagarde falará no Seminário Distinguished Speakers organizado pelo European Economics & Financial Centre.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em alta, com o índice Hang Seng, de Hong Kong, liderando os ganhos na região na segunda-feira, impulsionado por uma alta das ações do setor imobiliário devido às medidas de estímulo para reforçar o setor.
Cabe destacar ainda que a construtora chinesa Country Garden Holdings, que passa por dificuldades, conseguiu aprovação dos credores no fim de semana para estender o vencimento de um título em yuan.
Além disso, conforme aponta a Bloomberg, a venda de casas existentes em Pequim e Xangai dobraram no fim de semana em relação ao anterior, segundo a CGS-CIMB Securities, em resposta à flexibilização das hipotecas anunciada pela China na sexta-feira, que incluiu a redução de pagamento inicial. Projetos de novas casas também avançaram e no sábado foram vendidas 1.800 unidades em Pequim, mais da metade do total negociado em todo o mês de agosto.
Os investidores vão acompanhar de perto os principais dados da Austrália e da China durante a semana, como a decisão sobre as taxas do Reserve Bank of Australia na terça-feira, enquanto a China deverá divulgar a sua balança comercial de agosto na quinta-feira e a sua taxa de inflação no próximo fim de semana.
Os preços do petróleo operam baixa após abertura positiva, com expectativas de cortes contínuos na oferta de petróleo por parte dos principais produtores.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com leve alta.