Ibovespa Futuro sobe forte com PIB e alta das bolsas internacionais com China; dólar cai

Crescimento da economia brasileira surpreendeu e foi o dobro do esperado no segundo trimestre deste ano

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em forte alta nesta quinta-feira (29) seguindo os futuros dos índices norte-americanos em meio ao ânimo com as notícias vindas da China e repercutindo o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre.

A economia cresceu 0,4% na comparação com o período anterior, o dobro das estimativas dos economistas, que era de expansão de 0,2%.   

Às 09h35 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha alta de 1,23% a 99.675 pontos, enquanto o dólar futuro para setembro caía 0,36% a R$ 4,154.

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Também foi divulgado o PIB dos Estados Unidos, que cresceu à taxa anualizada de 2% no segundo trimestre de 2019, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio na manhã desta quinta.

Esta é a segunda estimativa para a atividade econômica dos períodos entre abril e junho. A expectativa era de crescimento anualizado de 2%, ante dado anterior de 2,1%. 

Hoje, deve trazer volatilidade o anúncio do governo da Argentina, que pediu por um prazo maior para pagar suas obrigações de curto prazo e declarou que pretende renegociar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). 

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Ainda não é um calote, pois nada se falou a respeito de um haircut (redução no montante devido), mas mesmo assim é uma péssima notícia para emergentes. 

Ao mesmo tempo, os contratos futuros de juros registravam novos ganhos, o DI para janeiro de 2021 avança quatro pontos-base a 5,73%, e para janeiro de 2023 registra ganhos de cinco pontos-base, a 6,84%. 

No exterior, o Ministério de Comércio da China disse hoje que Pequim e Washington continuam “em comunicação efetiva” sobre a atual disputa comercial, e que ambos os lados estão discutindo se seguirão adiante com negociações marcadas para setembro.

O porta-voz do ministério chinês, Gao Feng, afirmou na coletiva de imprensa semanal que a China tem amplas medidas retaliatórias para tomar contra eventuais aumentos de tarifas dos EUA. Ele também apelou a Washington que crie as condições necessárias para que as conversas bilaterais tenham continuidade.

Noticiário Corporativo

A Petrobras informou que obteve decisão favorável definitiva, sem possibilidade de recurso, do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), cancelando débito da ordem de R$ 5,9 bilhões em favor da companhia referente à homologação de créditos de PIS e Cofins.

A petroleira informou ainda que aprovou uma nova política de remuneração aos acionistas. A principal alteração trazida pela nova política é a definição de que da distribuição dos proventos com base no nível de alavancagem da companhia.

Entre as captações que podem surgir no mercado, a Bloomberg informa que a BR Distribuidora pretende levantar cerca de R$ 3 bilhões em dívida local.

Já Light e a Energisa enviaram para os bancos um pedido para que apresentem propostas para liderar captações de recursos no mercado local. A Light quer levantar cerca de R$ 1 bilhão e a Energisa, R$ 1,4 bilhão.

Previdência

A votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, prevista para a próxima quarta-feira, 4, pode ficar para o dia seguinte, de acordo com o relator da proposta, Tasso Jereissati (PSDB-CE). O atraso pode ocorrer se as discussões se alongarem, afirmou o relator.

Até o momento, foram apresentadas 287 emendas à proposta, 135 entre terça-feira, 27, e esta quarta, após Jereissati apresentar o relatório. Ele deverá se manifestar sobre as novas emendas antes da votação. Depois, os parlamentares poderão apresentar novas sugestões de alterações no plenário.

Jereissati afirmou que poderá fazer novas alterações ao texto mantendo o princípio de “atender às eventuais durezas de baixo da pirâmide social para cima”. Ele defendeu, por exemplo, a cobrança de contribuições previdenciárias para empresas do agronegócio e entidades filantrópicas.

Juntas, as cobranças devem render aos cofres públicos R$ 120 bilhões em 10 anos – R$ 60 bilhões referente às filantrópicas e R$ 60 bilhões referentes ao agronegócio. Além disso, o relator propôs uma cobrança no Simples destinada a incentivar micro e pequenas empresas na prevenção de acidentes de trabalho, o que pode render R$ 35 bilhões em receitas ao longo de dez anos.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.