Ibovespa Futuro sobe em meio a dados fortes da China e expectativa por reuniões do Fed e do Copom

Pré-market mostra desempenho mais forte por conta da expectativa em torno das decisões de política monetária esta semana

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (15) seguindo os futuros das bolsas dos Estados Unidos. Na véspera, a China divulgou um crescimento de 5,6% na produção industrial em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, acima da expectativa mediana dos economistas, que apontava para aumento de 5,1%. Já as vendas no varejo avançaram 0,5%, mostrando a primeira expansão do indicador no ano.

Os investidores esperam pela reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que começa hoje para amanhã ser tomada a decisão de política monetária do Federal Reserve. Também se inicia nesta terça a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que terá a decisão de juros brasileira.

Às 09h11 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha alta de 0,67%, aos 100.830 pontos.

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O dólar futuro para outubro tem queda de 0,65%, a R$ 5,239.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem baixa de dois pontos-base a 2,80%, o DI para janeiro de 2023 perde três pontos-base a 4,06%, o DI para janeiro de 2025 recua três pontos-base a 5,92% e o DI para janeiro de 2027 varia negativamente quatro pontos-base a 6,91%.

Em relação às commodities, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduziu sua previsão de aumento de demanda do petróleo para 2020. A expectativa para demanda mundial ficou em 91,7 milhões de barris por dia, redução de 8,4 milhões de barris por dia na comparação anual.

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No Brasil, um dos destaques é a notícia de que o governo planeja revisar quase 2 milhões de benefícios destinados a idosos e pessoas carentes com deficiência. Também chama atenção a informação de que representantes da bancada evangélica se articulam para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao perdão de dívidas tributárias das igrejas.

Corte de despesas

No noticiário nacional, um dos destaques é a notícia de que o governo planeja revisar quase 2 milhões de benefícios destinados a idosos e pessoas carentes com deficiência. Segundo a Folha de S.Paulo, a economia com as medidas seria de R$ 10 bilhões por ano. A mudança está sendo preparada pelos Ministérios da Economia e da Cidadania, segundo o jornal, e seria feita por meio de decreto.

Ainda tem destaque no noticiário de hoje a informação de que o governo quer congelar aposentadorias e pensões por dois anos para dar espaço à criação do Renda Brasil no Orçamento de 2021. Além disso, o governo busca desvincular o salário mínimo dos benefícios previdenciários.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro ter vetado o perdão de R$ 1 bilhão em dívidas tributárias das igrejas, representantes da bancada evangélica se articulam para derrubar o veto. Ontem, o presidente da bancada evangélica na Câmara, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse ter maioria para manter o perdão às igrejas. Segundo o Estado de S.Paulo, a bancada vai se reunir hoje para discutir sua estratégia.

Ainda sobre as igrejas, foi noticiado pelo Estado de S.Paulo que o governo estuda uma forma de imunizar as igrejas de tributos por meio de uma proposta de emenda constitucional (PEC), que deve ser enviada antes da votação do veto, prevista para outubro.

O ministério da Economia é contrário à medida. Hoje, as igrejas têm imunidade contra a cobrança de impostos, mas a proteção não alcança as contribuições, como a CSLL e a previdenciária.

Inflação e reeleição

Além disso, o presidente Bolsonaro voltou a declarar, na noite de ontem, que não haverá tabelamento de preços para conter a inflação dos alimentos. Ele destacou que a alta do arroz se deve ao aumento do consumo e que o aumento das importações deve ajudar a atenuar a situação.

Também chama atenção levantamento do Estadão/Broadcast mostrando que os líderes da maioria dos partidos apoiam o fim da reeleição para cargos do Executivo. A mudança tem apoio de 15 dos 24 partidos representados na Câmara e no Senado.

Na semana passada, o deputado Alessandro Molon (RJ) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para proibir a reeleição. O tema ganhou destaque depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter declarado que errou ao se reeleger.

Outro destaque nacional é a efetivação do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, no cargo. O militar tomará posse amanhã (16). Ele assumiu a pasta em 16 de maio, depois de ser secretário-executivo na gestão de Nelson Teich. Ontem, o Brasil chegou a 132.006 vidas perdidas desde o início da pandemia.

Radar corporativo

Hoje, o mercado continua acompanhando a transação entre Ser Educacional e Laureate. Depois de a Ser ter oferecido R$ 4 bilhões pelos ativos brasileiros da Laureate, a Yduqs declarou que pode entrar na disputa.

A Folha de S.Paulo publicou que a Cogna, líder do setor, não vai ficar parada e pode fazer uma oferta para defender sua primeira posição no mercado. Outro possível alvo para a Cogna poderia ser a Uniasselvi.

Os investidores também acompanham a definição do preço por ação da oferta da Plano & Plano. Além disso, a Petrobras anunciou uma redução nos seus planos de investimentos para o período de 2021 a 2025. Segundo a estatal, o investimento ficará entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.

Já a Minerva informou que está estudando a venda de 25% da subsidiária Athena Foods para uma sociedade de propósito específico listada na Nasdaq (SPAC) por US$ 200 milhões.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.