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Ibovespa Futuro sobe com votação do Orçamento de 2026 e política monetária no radar

Congresso tem sessão marcada para análise do Orçamento de 2026 às 12h, depois de ter sido adiada na quinta-feira

Felipe Moreira

Bolsa de Valores Brasil Balcão (B3)
(Foto: Victor Moriyama/Bloomberg)
Bolsa de Valores Brasil Balcão (B3) (Foto: Victor Moriyama/Bloomberg)

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O Ibovespa Futuro opera em alta nesta sexta-feira (19), com política monetária no radar dos mercados externos, enquanto na cena nacional as atenções recaem sobre a votação do Orçamento de 2026. Às 9h04 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em dezembro subia 0,19%, aos 161.700 pontos.

O Congresso tem sessão marcada para análise do Orçamento de 2026 às 12h, depois de ter sido adiada na quinta-feira. Antes de ir ao Plenário, o projeto da Lei Orçamentária Anual precisa passar pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), que tem reunião marcada para as 9h, de acordo com a Agência Senado.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de evento de Natal com catadores em São Paulo pela manhã, e à tarde inaugura, em Foz do Iguaçu, a nova Ponte Internacional da Integração, que liga Brasil e Paraguai.

Aproveite a alta da Bolsa!

No exterior, investidores avaliam a decisão do Banco do Japão de elevar a taxa de juros nesta sexta-feira para níveis nunca vistos em três décadas, sinalizando sua disposição para novos aumentos.

O sentimento de forma geral recebeu impulso com uma desaceleração inesperada da inflação dos preços ao consumidor nos EUA para 2,7%, fortalecendo as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2026.

Analistas, no entanto, alertaram que os dados foram provavelmente distorcidos para baixo pelo fechamento do governo e não podem ser tomados ao pé da letra.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro caía 0,02%, o S&P Futuro tinha valorização de 0,19% e o Nasdaq Futuro avançava 0,33%.

Dólar, commodities e exterior

Na B3, o contrato de dólar com primeiro vencimento recuava 0,10%, a R$ 5,531.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, com destaque para o avanço das ações japonesas após o Banco do Japão elevar a taxa básica de juros para o nível mais alto em décadas. O BOJ elevou as taxas de juros de referência em 25 pontos base, para 0,75%, o nível mais alto desde 1995, em linha com as expectativas dos economistas consultados pela Reuters.

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Os mercados europeus operam mistos, à medida que investidores analisavam uma série de decisões sobre juros e aguardavam as negociações orçamentárias cruciais na França.

O dia de ontem foi marcado por anúncios de vários bancos centrais da região. Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu, Norges Bank e Riksbank divulgaram suas decisões de política monetária. A exceção foi o banco central britânico, que cortou a taxa básica de juros em 25 pontos-base, enquanto os demais optaram por manter suas taxas inalteradas.

O Banco Central Europeu também revisou para cima suas projeções de crescimento para a zona do euro. A autoridade monetária agora estima expansão econômica de até 1,4% em 2025 e de 1,2% em 2026, sinalizando um cenário um pouco mais favorável para a atividade.

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No campo político, a atenção dos investidores se volta para a França. Parlamentares iniciam nesta sexta-feira negociações consideradas cruciais sobre o orçamento de 2026. Uma comissão conjunta discute os termos do plano de gastos, mas as divergências ideológicas elevam o risco de impasse. Sem um acordo, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu poderá ser obrigado a adotar medidas de emergência para garantir a continuidade dos gastos públicos e do endividamento no próximo ano, até que um orçamento definitivo seja aprovado.

Os preços do petróleo operam em baixa, caminhando para a segunda queda semanal consecutiva, com as preocupações sobre um excesso de oferta crescente superando as potenciais interrupções no fornecimento.

As cotações do minério de ferro na China encerraram a semana em alta, sustentadas pela expectativa de que as siderúrgicas da China acelerem o reabastecimento de matéria-prima antes do feriado do Ano Novo Lunar, em fevereiro.

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(Com Reuters e Bloomberg)