Ibovespa Futuro sobe com revisão da perspectiva de rating do Brasil e corte de juros pelo BC

Pré-market indica dia de ganhos em meio à melhora do apetite por risco no País

Ricardo Bomfim

Ações em alta

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quinta-feira (12) após a Standard & Poor’s revisar a perspectiva para a nota de risco de crédito do Brasil de estável para positiva. Além disso, o apetite por risco também se beneficia da decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), de reduzir os juros de 5% para 4,5% ao ano sem indicar que esse seria o fim do ciclo de cortes nas taxas.

Às 9h15 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para dezembro tem alta de 0,37%, a 111.425 pontos. Já o dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava ganhos de 0,12%, a R$ 4,132.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai seis pontos-base a 4,55% e o DI para janeiro de 2023 recua quatro pontos a 5,67%.

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Ontem, a S&P afirmou que o Brasil segue implementando medidas de consolidação fiscal destinadas à redução do déficit, que permanece grande, o que justificou a revisão. Este pode ser o primeiro passo na tão aguardada rodada de elevações no rating do País, que já está bem defasado em relação ao CDS, que na prática é um seguro contra o calote da dívida pública e que já precifica o Brasil como um país com grau de investimento.

Com relação ao Copom, com os juros na mínima histórica e o comunicado não descartando totalmente novas baixas, ao contrário do que boa parte do mercado acreditava que aconteceria, a economia é estimulada pelo menor custo de crédito e a renda variável ganha atratividade em relação à renda fixa.

Os juros em 4,5% ao ano significam que quem investir em alguns fundos e títulos atrelados à Selic ou ao CDI pode já não ter mais retornos reais (acima da inflação). Ou seja, quem busca rentabilidade deve buscar mais risco, o que impulsiona o mercado de ações.

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Bolsas internacionais

Os futuros de Nova York operam em alta na manhã de hoje, após a decisão do Federal Reserve manter a taxa básica de juros entre 1,5% e 1,75% nos Estados Unidos e as falas de Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, terem sido bem recebidas. Powell enfatizou a crença de que o mercado de trabalho pode melhorar ainda mais e sinaliza longa pausa na política monetária no contexto de inflação baixa.

Bolsas asiáticas fecharam em sua maioria em alta e bolsas europeias operam no terreno positivo. Também em destaque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá receber na manhã desta quinta-feira uma equipe de conselheiros comerciais para discutir a guerra comercial com a China, informa a agência Reuters.

Aproxima-se o prazo do dia 15, domingo próximo, para que entrem em vigor tarifas de US$ 156 bilhões sobre as mercadorias chinesas. Logo mais, às 9h45, o Banco Central Europeu (BCE) realiza sua reunião em Frankfurt sobre a taxa de juros na Zona do Euro. Na Grã-Bretanha, milhões de eleitores irão hoje às urnas. Pesquisas indicam uma vantagem do premiê Boris Johnson.

Noticiário corporativo

A MRV Engenharia informou que encerrou com sucesso a primeira oferta pública de cotas do Luggo Fundo de Investimento Imobiliário, com a captação de R$ 90 milhões. Segundo a MRV, a oferta obteve a captação máxima, com quase dois mil cadastros de pessoas físicas.

Já o Banco do Brasil comunicou que reorganizará a sua estrutura de comando, através da redução da diretoria executiva e da reatribuição das suas funções.

A Hering comunicou aos acionistas que distribuirá juros sobre o capital próprio, no valor de R$ 18,1 milhões. O pagamento aos acionistas será feito no dia 30 de dezembro.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.