Ibovespa Futuro sobe com exterior e monitora indicadores dos EUA e do Brasil

Mercado opera com leves ganhos ainda refletindo a expectativa de que EUA e China resolvam suas diferenças comerciais

Ricardo Bomfim

Painel de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro sobe nesta sexta-feira (27) puxado por mais um dia positivo no exterior, à espera de que no dia 10 de outubro fluam bem as conversas entre Estados Unidos e China para encerrar a guerra comercial.

Por aqui, aumentam as incertezas após o Supremo Tribunal Federal (STF) fazer maioria para derrubar as decisões proferidas até hoje na Operação Lava-Jato em que delatados e delatores foram ouvidos juntos nos julgamentos.

Às 9h05 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro registra ganhos de 0,22% a 105.580 pontos, enquanto o dólar futuro com o mesmo vencimento tem queda de 0,32% a R$ 4,158.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 se mantém estável a 4,97%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 recua um ponto-base a 6,07%.

Sobre o STF, na prática, a maioria dos ministros entendeu que o delatado pode falar por último nesta fase, mesmo não estando previsto em lei. O entendimento foi baseado no princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa.

Com a decisão, condenações em que as defesas não falaram por último no processo poderão ser anuladas, e o processo deverá voltar à fase de alegações finais na primeira instância da Justiça.

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A repercussão da decisão nos casos que estão em tramitação em todo o país deverá ser decidida pela Corte na semana que vem. A expectativa fica por conta, especialmente, do ex-presidente Lula, preso desde abril de 2018, que poderia se beneficiar. O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine já havia se beneficiado deste entendimento.

Bolsas Internacionais

A expectativa de retomada das conversas em 10 de outubro para a chegada de um acordo comercial entre EUA e China ajuda os mercados, em meio ao cenário de incerteza política após o pedido de impeachment contra Donald Trump.

Segundo relatório publicado ontem, o agente da CIA que colaborou para as investigações contra Trump não se limitou apenas a denunciá-lo por conta da pressão do líder ucraniano para obter dados contra o rival Joe Biden. O documento mostra que a Casa Branca teria também tentado abafar o caso.

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Na Ásia, os mercados fecharam de forma mista, com as bolsas chinesas avançando diante das expectativas comerciais mais positivas, mesmo com a piora nos indicadores da segunda maior economia global.

Os lucros industriais da China recuaram 2% no mês de agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou o departamento de estatísticas, após ganhos em julho (+2,6%) e junho (+3,1%).

Na Europa, as preocupações seguem com o Brexit. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker afirmou à imprensa alemã que o Reino Unido seria responsabilizado por um saída do bloco sem um acordo.

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Já membros do comitê de política monetária do Banco da Inglaterra sinalizaram ser “bastante plausível” que o próximo passo do banco seja de um corte nas taxas de juros, mesmo que o país evite um Brexit sem acordo.

Entre os indicadores, o índice de sentimento da zona do euro atingiu 101,7 em setembro, ante 103,1 de agosto, no patamar mais baixo desde fevereiro de 2015.

Entre as commodities, os preços do petróleo operam de forma mista, enquanto os futuros do minério de ferro estão em alta.

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Noticiário Corporativo

A Delta Air Lines anunciou que venderá sua fatia minoritária de 9% na Gol, enquanto pagará US$ 1,9 bilhão – US$ 16 por ação – para adquirir uma participação de 20% na Latam, a maior companhia aérea da América Latina. Além disso, a americana investirá mais US$ 350 milhões em uma parceria com a empresa chilena.

Com receio de que a crise das queimadas afete as exportações de carnes bovinas, grandes frigoríficos como JBS, Minerva e Marfrig preparam campanhas institucionais, relata o Estadão. A ideia seria a de veicular anúncios em publicações em países como Arábia Saudita, Egito e Alemanha.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.