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Ibovespa Futuro sobe com atenção ao noticiário político e expectativas pela ata do Fomc

Novo presidente na Argentina e arcabouço fiscal no Brasil também são alguns dos temas de maior destaque nesta segunda-feira

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Em dia de agenda de indicadores esvaziada, o Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (20), com atenções divididas entre o noticiário político local e expectativas pela divulgação da ata da última reunião do Fomc amanhã (21).

O Senado pode votar nesta semana projetos de interesse da equipe econômica do governo federal, além de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que interfere na atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, a Comissão Mista de Orçamento deve votar nesta semana o relatório do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem e o parecer preliminar do Plano Plurianual 2024-2027.

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Esta segunda marca o Dia da Consciência Negra, com feriado em São Paulo, mas com funcionamento normal da B3 por não se tratar de um feriado nacional.

A projeção para a inflação de 2023 feita por analistas voltou a cair nesta semana, enquanto a estimativa para o IPCA de 2024 recuou, após três altas seguidas, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Relatório Focus do Banco Central. A previsão para o crescimento do PIB para este ano recuou e a no próximo permaneceu estável, segundo a pesquisa.

Às 9h17, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com alta de 0,21%, aos 126.130 pontos.

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Na Argetina, Javier Milei foi eleito presidente da Argentina ontem à noite. Milei entrou na cena política em 2020, depois de anos como comentarista político, e ganhou atenção com propostas sociais e econômicas controversas, como a dolarização da economia e a eliminação do Banco Central, juntamente com duras críticas aos partidos políticos estabelecidos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com leves ganhos, com atenções voltadas para divulgação da ata da última reunião Fomc, que será divulgada amanhã, em início de semana encurtada pelo feriado de Ação de Graças.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,04%, S&P Futuro avançava 0,06% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,14%.

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Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,20%, cotado a R$ 4,895 na compra e R$ 4,896 na venda.

Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro caía 0,11%, indo aos 4,909 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, caía 0,30%, a 103,61 pontos.

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No mercado de juros, os contratos operavam com alta. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 11,95%; DIF26, +0,01 pp, a 10,19%; DIF28, +0,01 pp, a 10,56%; DIF31 +0,03 pp, a 10,94%.

Exterior

Os mercados europeus operam sem direção única, enquanto os investidores continuam a avaliar as perspectivas de corte nas taxas de juros.

Os números mostram que a inflação caiu acentuadamente, com os aumentos de preços no Reino Unido a desacelerar para 4,6% em outubro, face a 6,7% em setembro. A inflação da zona euro foi confirmada em 2,9%, abaixo dos 4,3% do mês anterior.

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta em sua maioria, depois de a maioria das principais bolsas terem terminado em baixa na sessão anterior.

Em Xangai, a expectativa por apoio oficial colaborou para um quadro positivo, mas na política monetária o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve os juros pelo terceiro mês seguido.

A taxa preferencial de empréstimo de um ano do Banco Popular da China – a indexação para a maioria dos empréstimos às famílias e às empresas na China – era de 3,45%. A taxa de referência do empréstimo a cinco anos – a indexação para a maioria das hipotecas – situou-se em 4,2%.

Commodities

Os preços do petróleo sobem, ampliando os ganhos de sexta devido às expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) aprofunde os cortes de oferta para sustentar os preços, que caíram durante quatro semanas devido à diminuição da preocupação com a interrupção da oferta no Oriente Médio provocada pelo conflito Israel-Hamas.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no azul nesta segunda-feira, à medida que o sentimento de aversão ao risco, prejudicado pela intervenção chinesa na semana passada, diminuiu, enquanto os estoques baixos em meio às crescentes necessidades de armazenamento, a melhoria das margens do aço e as preocupações com interrupções na oferta ajudaram o mercado.

O minério de ferro de referência para dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,98%, para US$ 131,05 por tonelada.