Ibovespa Futuro sobe após queda da véspera e com repercussão das falas de Guedes sobre Reforma Tributária

Ontem, o ministro da Economia disse na Expert XP que irá entregar a primeira parte da Reforma Tributária na terça

Ricardo Bomfim

(alexsl/Getty Images)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta sexta-feira (17) após a queda de ontem, quando o índice à vista caiu 1,2%. No radar, os investidores aguardam a reunião das lideranças europeias em Bruxelas para tentar chegar a um acordo sobre um fundo de 750 bilhões de recuperação para a região.

Por aqui, ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na Expert XP 2020 que irá entregar a primeira parte da Reforma Tributária na terça-feira (21) no Senado. O texto tratará da criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, sendo resultado da unificação de impostos federais e estaduais. “Vamos começar com o IVA dual e acabar com o PIS/Cofins. Isso já está na Casa Civil”, afirmou Guedes.

Contudo, sobre a criação de uma nova CPMF o ministro se defendeu, declarando se tratar de uma tributação de base mais ampla no comércio eletrônico, mas não “o mesmo imposto mudando de nome”. Pelo Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu que não há espaço para discutir uma nova CPMF.

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“Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos”, destacou Maia, que também afirmou querer aprovar uma Reforma Tributária em parceria com o Senado para e com a participação do governo federal.

Às 09h13 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para agosto subia 0,39% a 101.245 pontos.

Já o dólar futuro para agosto tem leve queda de 0,15% a R$ 5,325. O dólar comercial, por sua vez, opera próximo à estabilidade, com alta de 0,06%, a R$ 5,3301 na compra e R$ 5,3314 na venda.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai dois pontos-base a 2,97%, o DI para janeiro de 2023 perde dois pontos-base a 4,07% e o DI para janeiro de 2025 recua dois pontos-base a 5,54%.

Por outro lado, nos Estados Unidos segue a preocupação com o avanço das infecções pela Covid-19. Na quinta-feira, o país registrou mais de 77 mil novos casos, um novo recorde, chegando a 3,6 milhões de casos até o momento. No mundo, os casos do novo coronavírus já confirmados totalizam 13,9 milhões, com quase 600 mil mortes.

Panorama político

Na esfera política, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, foi transferido para a reserva do Exército. O movimento se deu após a crise iniciada pelas críticas de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas Forças Armadas, a permanência do general na ativa já era vista com incômodo por estabelecer uma relação direta entre a instituição e o governo. Por essa razão, a ida de Ramos para a reserva acabou sendo antecipada.

Já fora do governo, o jornal Folha de S.Paulo, mostra que o policial militar aposentado Fabrício Queiroz depositou R$ 25 mil em dinheiro vivo na conta da mulher do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), de quem era assessor, uma semana antes de o casal quitar a primeira parcela na compra de um imóvel em construção no Rio.

Queiroz é suspeito de ser o operador do esquema de “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Dados da quebra de sigilo bancário obtidos pelo Ministério Público do Rio indicam que o depósito, junto com outras movimentações financeiras na conta da dentista Fernanda Bolsonaro, foi feito para dar cobertura ao pagamento da entrada no imóvel.

Panorama corporativo

O Conselho de Administração da Profarma confirmou a realização da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da sua controlada d1000 Varejo.

Mesmo com a oferta, a Profarma continuará com o controle da empresa (participação superior a 50%).

A CSN anunciou na noite de quinta-feira um novo acordo de pré-pagamento sobre fornecimento de minério de ferro à trading Glencore, no valor de US$ 115 milhões. Os recursos vão ser utilizados para a redução de endividamento.

O acordo envolve fornecimento de 4 milhões de toneladas de minério de ferro em até 5 anos. Segundo a CSN, os valores previstos no acordo podem ser ampliados futuramente, dependendo do interesse das partes.

O novo contrato ocorre um ano depois que a CSN assinou acordo com a Glencore envolvendo fornecimento de aproximadamente 10 milhões de toneladas de minério de ferro em cinco anos por um valor de US$ 250 milhões.

Já a Eztec, em sua prévia operacional, divulgou vendas de R$ 123 milhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 67% na comparação com igual trimestre do ano passado.

Já a Tenda, que atua no segmento do “Minha Casa, Minha Vida”, reigistrou vendas de R$ 576,4 milhões, alta de 20,1%.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.