Ibovespa Futuro acelera alta após dado de emprego nos EUA abaixo do esperado e com reforma tributária no radar

Agenda é movimentada, com payroll nos EUA e repercussão da agenda do Congresso no Brasil

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro acelerou os ganhos na sessão desta sexta-feira (7), após a divulgação do relatório de emprego dos EUA (payroll) às 9h30 (horário de Brasília), com números um pouco abaixo do esperado.

O dado era muito aguardado após o ADP muito acima do projetado na véspera. O payroll mostrou que os Estados Unidos criaram 209 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de junho, um pouco abaixo do que era esperado (Refinitiv projetava criação de 225 mil vagas), gerando alívio no mercado sobre a projeção de alta de juros pelo Federal Reserve.

Já no noticiário doméstico, os investidores repercutem a aprovação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma tributária.

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A reforma tem potencial para trazer benefícios no âmbito macroeconômico, uma vez que visa estabelecer um sistema mais transparente, equilibrado e simplificado. Isso pode resultar na redução das taxas de litígio, dos custos de conformidade e da má alocação de capital, ajudando a impulsionar a produtividade no longo prazo.

Os parlamentares se debruçam hoje (7) a partir de 10h (horário de Brasília) sobre a análise de destaques apresentados pelas bancadas partidárias, com sugestões para modificação da versão do texto aprovado.

Às 9h39 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com valorização de 0,63%, a 119.950 pontos, depois de abrir com ganhos entre 0,3% e 0,4%.

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Dólar

O dólar comercial reverte parte dos ganhos da véspera e opera com queda de 0,90%, cotado a R$ 4,885 na compra e R$ 4,886 na venda, repercutindo o payroll.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,02 pp, a 12,82%; DIF25, -0,02 pp, a 10,78%; DIF26, -0,02 pp, a 10,18%; DIF27, -0,02 pp, a 10,24%; DIF28, -0,02 pp, a 10,44%; DIF29 -0,03 pp, a 10,59%.

Exterior

Os mercados europeus operam sem direção única na sessão de hoje, após quedas acentuadas na sessão anterior. Investidores também repercutem a produção industrial alemã decepcionante e o momentum global negativo.

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Os preços do petróleo operam com leves ganhos e caminham para registrar altas semanais, já que os temores de taxas de juros mais altas nos EUA que poderiam diminuir a demanda por energia foram compensados ​​por sinais de oferta mais restrita após uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo dos EUA.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em baixa generalizada pelo segundo consecutivo depois que Wall Street registrou dados de emprego ADP mais fortes do que o esperado, deixando espaço para mais aumentos de juros pelo Fed. As bolsas fecharam antes do payroll.

Já a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, está em Pequim para uma viagem de quatro dias para se encontrar com autoridades chinesas, marcando um aprofundamento do degelo nos laços entre os EUA e a China.

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Na frente de dados, os salários médios nominais do Japão subiram 2,5% em relação ao ano anterior no mês de maio, acima do aumento revisado de 0,8% visto no mês anterior e marcando o terceiro mês consecutivo de aceleração nos aumentos.

Dados do governo também mostraram que os ganhos mensais médios totais do Japão em todos os setores aumentaram, enquanto todos os gastos das famílias caíram 4% em relação ao ano anterior, marcando o terceiro mês consecutivo de contração.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte baixa, devido a temores de mais aumentos de juros nos EUA após dados do mercado de trabalho ainda robustos da véspera.