Ibovespa Futuro segue exterior e opera entre perdas e ganhos; dólar recua

Índice tem começo de dia mais tranquilo, com agenda mais fraca, deixando destaques para o cenário externo

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro opera entre leves perdas e ganhos nesta segunda-feira (23), seguindo o movimento do exterior em dia de agenda mais tranquila, com destaque para a decisão da China de cortar tarifas sobre importações de itens de seus parceiros comerciais.

Às 09h27 (horário de Brasília), o índice futuro registrava queda de 0,06%, a 115.650 pontos, enquanto o dólar futuro com vencimento em janeiro recuava 0,49%, para R$ 4,083.

Os futuros de Nova York operam em terreno positivo na penúltima jornada antes do feriado de Natal – Wall Street funcionará por apenas duas horas amanhã. Os investidores ganham com o chamado “Rali do Papai Noel”, movimento que geralmente ocorre nas cinco últimas sessões de dezembro e nas duas primeiras de janeiro.

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Nesta segunda, o ministro de Finanças da China informou que o país cortará tarifas de importações sobre 850 produtos a partir de primeiro de janeiro.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que teve conversas “muito boas” com o presidente da China, Xi Jinping, na última sexta-feira, sobre a chance de assinarem a primeira fase do acordo comercial entre os dois governos no começo de janeiro.

Relatório Focus

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central aumentaram a estimativa de inflação para este ano pela sétima vez seguida, segundo Relatório Focus. Também subiu a previsão para o crescimento da economia, no terceiro ajuste consecutivo.

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A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país), desta vez, subiu de 3,86% para 3,98%. Para 2020, a estimativa de inflação se mantém há oito semanas em 3,60%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022.

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Já para a Selic, de acordo com as instituições financeiras, no fim de 2020, a expectativa é que a taxa esteja em 4,5% ao ano. Para 2021, as instituições estimam que a Selic encerre o período em 6,25% ao ano. A estimativa anterior era 6,13% ao ano. Para o final de 2022, a previsão segue em 6,5% o ano.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 1,12% para 1,16%, neste ano. A estimativa das instituições financeiras para 2020 variou de 2,25% para 2,28%, na sétima elevação consecutiva. Para os anos seguintes, não houve alteração em relação à pesquisa anterior: 2,50% em 2021 e 2022.

A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 4,15 para R$ 4,10, no fim de 2019, e permanece em R$ 4,10 no encerramento de 2020.

Política

Nove Estados brasileiros incorporaram alterações ou elevaram alíquotas nos planos de previdência dos seus servidores públicos, enquanto outros sete estudam mudanças, informa hoje o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a matéria do jornal, as propostas tramitaram em média 15 dias nas assembleias legislativas.

A mobilização indica que os Estados, muitos em crise fiscal, não querem esperar pela aprovação da PEC paralela que circula no Congresso e ainda precisa passar na Câmara dos Deputados. As mudanças, contudo, geram protestos. Em São Paulo a questão foi parar no judiciário e só deverá ser retomada em fevereiro de 2020.

Noticiário corporativo

A Oi S.A., em recuperação judicial, informou na manhã de hoje (23) à CVM que sua subsidiária Oi Móvel realizará uma emissão de debêntures simples para levantar uma soma de R$ 2,5 bilhões. As debêntures vencerão em 24 meses a partir da data da emissão.

As debêntures pagarão remuneração pela variação do dólar americano, acrescida de juros de 12,66% ao ano, durante os doze primeiros meses a partir da integralização; e de 13,61% no segundo ano.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.