Ibovespa futuro segue exterior e avança antes do Fomc e com investidores monitorando coronavírus

Resultados de empresas animam Wall Street, fazendo com que mercados sigam alívio da véspera

Lara Rizério

(Shutterstock)

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Após uma sessão de recuperação na véspera, com o Ibovespa fechando com alta de 1,74%, o pregão desta quarta-feira (29) é de ganhos para o contrato futuro do índice com vencimento em fevereiro, com o mercado local seguindo os ganhos do exterior.

Os investidores acompanham com atenção o fim do encontro do Federal Open Market Committee (Fomc), que deve manter os juros entre na banda de 1,50% a 1,75%; presidente do Fed, Jerome Powell, fala em coletiva de imprensa às 16h15. A dúvida é se Powell mencionará incerteza com o vírus, que já matou mais de 130 pessoas e afeta atividades de empresas como Toyota e Starbucks no mercado chinês.  Enquanto o Fomc não sai, os investidores repercutem positivamente os resultados trimestrais em Wall Street, com destaque para a Apple. No Brasil, atenção para a divulgação do balanço do Santander Brasil, que lucrou R$ 14,18 bilhões em 2019.

Com isso, às 9h08 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro registrava alta de 0,41%, a 117.075 pontos, enquanto o dólar futuro subia 0,18%, a R$ 4,203. Já os juros futuros têm uma sessão de leve queda: os vencimentos em janeiro de 2021 têm leve queda de 1 ponto-base, a 4,325% na abertura, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 fica estável a 5,47%.

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As atenções do mercado seguem para o surto do coronavírus na China, onde o governo informou que o número de pessoas infectadas ultrapassou seis mil, das quais 132 morreram. A Bolsa de Hong Kong, que já reabriu hoje, caiu menos que o temido diante das ameaças pesadas do vírus, após BC chinês ontem prometer prover liquidez.

No Brasil, o Ministério da Saúde informou no fim da tarde de ontem  que o Brasil tem três casos suspeitos de coronavírus. Além de uma estudante de 22 anos, que está internada em Belo Horizonte, mais duas pessoas têm suspeitas de portar o vírus. Uma delas está em Porto Alegre (RS) e outra em Curitiba (PR).

Agenda econômica

Já  na agenda econômica, o Banco Central deve divulgar o movimento de crédito em dezembro e em 2019, às 9h, enquanto o governo federal apresenta o resultado primário de dezembro e de 2019, às 14h30. Já o governo central deve registrar déficit primário de R$ 1,6 bilhão em dezembro, segundo estimativa mediana de economistas pesquisados pela Bloomberg, depois de déficit de R$ 16,5 bi em novembro e de R$ 31,7 bilhões em dezembro de 2018. Também nesta quarta acontece a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central do Brasil.

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Além do resultado da reunião do Fomc, nos Estados Unidos, o governo deve divulgar às 10h30 a balança comercial de bens avançados em dezembro. No mesmo horário, serão divulgados estoques no varejo e no atacado.

Ao meio-dia, o Fundo Monetário internacional (FMI) divulga em Washington um relatório de perspectivas econômicas para a América Latina e o Caribe em 2020.

Reformas econômicas

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defendeu nesta terça-feira (28) um esforço conjunto de deputados e senadores para que a proposta seja votada em texto único até junho na Câmara e no Senado. O governador de São Paulo, João Doria, disse ontem em evento no Credit Suisse estar confiante de que reforma tributária do governo federal será aprovada e que será seguida pela reforma administrativa.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.