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Ibovespa Futuro recua com repercussão sobre Copom e eleição no Congresso antes de decisão do BCE

Decisões de juros na zona do euro e no Reino Unido são alguns dos temas de maior destaque nesta quinta-feira

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta quinta-feira (2), com investidores digerindo mensagens do Banco Central e os resultados das eleições no Congresso, enquanto aguardam mais decisões de políticas monetária na Europa.

Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 13,75% pela quarta vez seguida e, na visão de muitos analistas, esvaziou as chances de cortes de juros em 2023.

Do lado corporativo, o Santander Brasil (SANB11), primeiro grande banco a reportar resultados do quarto trimestre, decepcionou investidores ao relatar lucro bem abaixo do consenso de mercado.

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Às 9h10 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com queda de 1,20%, aos 111.350 pontos.

Ibovespa hoje: o movimento do mercado ao vivo nesta quinta-feira

Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam sem direção definida, depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou progressos na redução das pressões inflacionárias, mesmo com o BC dos EUA alertando sobre mais aperto na política monetária.

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Powell disse que não tem certeza de quando o banco central vai parar com seus aumentos de juros, à medida que avança com seus esforços para controlar a inflação.

Na temporada de balanços americana, após os resultados acima do esperado da Meta, dona do Facebook, hoje é a vez de Alphabet (controladora do Google), Apple e Amazon.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,34%, S&P Futuro subia 0,38% e Nasdaq Futuro tinha alta de 1,21%.

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Dólar

O dólar comercial operava com baixa de 1,10%, cotado a R$ 5,004 na compra e 5,005 na venda, após encerrar a sessão passada em seu patamar mais baixo em quase três meses frente ao real, com ativos de risco do mundo inteiro reagindo positivamente à decisão de política monetária do Fed e ao discurso relativamente brando do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell. Além disso, também há o efeito do Copom mais “hawkish” (duro, mostrando preocupação com a inflação e sinalizando juros altos por mais tempo). Já o dólar futuro para janeiro tinha desvalorização de 0,86%, a R$ 5,037.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta por toda a curva de juros, após sinalizações de juros altos por mais tempo. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com alta de 0,14 pp, a 13,68%; DIF25, 0,30 pp, a 13,08%; DIF26, +0,24 pp, a 12,96%; DIF27, +0,18 pp, a 12,96%; DIF28, +0,14 pp, a 12,98%; e DIF29, +0,13 pp, a 13,08%.

Exterior

As bolsas da Europa operam no azul, com investidores se preparando para a decisão de aumento das taxas de juros do Banco Central Europeu e repercutindo ao aumento de juros na Inglaterra.

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O Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE) decidiu elevar sua taxa bancária em 50 pontos-base, para 4,0%, dentro das previsões do mercado. Com isso, a taxa de juros chegou ao seu maior patamar desde 2008.

Os preços do petróleo operam em alta na sessão de hoje, após aumento da taxa de juros nos EUA, o que levou o dólar a uma queda, tornando a commodity mais barata para investidores em outras moedas.

Os preços também estão subindo no contexto de uma proibição de 5 de fevereiro aos produtos refinados russos pela União Europeia.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng, de Hong Kong, com investidores repercutindo o aumento menor da taxa do Fed de 0,25 pp e o presidente do Fed, Jerome Powell, reconhecendo que a inflação está caindo.

Os investidores estão acompanhando de perto as ações das empresas do Adani Group depois que a Adani Enterprises retirou sua oferta pública subsequente de US$ 2,5 bilhões, apesar da venda ter sido totalmente subscrita, o que muitos viram como um voto de confiança dos investidores.

No frente de dados econômicos, o índice de preços ao consumidor da Coreia do Sul subiu 5,2% em janeiro em uma base anualizada.

Já as cotações do minério de ferro na China caem forte nesta quinta-feira. As cotações foram para uma mínima de duas semanas nesta quinta-feira, com traders reavaliando as perspectivas de demanda na China, apesar das expectativas de mais estímulos políticos para apoiar a recuperação econômica do país.

Análise técnica de Ibov e dólar, por Pamela Semezatto, da Clear Corretora

IBOV: “Segue na lateralização de curto prazo e depois dessas falhas no rompimento da resistência de 114.000 pontos, considero como consolidação no curtíssimo prazo. Sem força por enquanto, para romper o topo anterior (114.000) e também para romper o fundo anterior de 112.000 pontos.”

DÓLAR: “Depois de um dia forte na venda, ontem mais uma vez mostrou indecisão na região de suporte forte de 5.060. Ainda sem sinais de força compradora para testar topo da consolidação e sem força vendedora para romper o fundo da consolidação.”