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Ibovespa Futuro recua com investidores à espera de Campos Neto e inflação ao consumidor nos EUA

Semana começa com sentimento de cautela de investidores, que aguardam dados de inflação ao consumidor dos EUA na terça-feira

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (13), com investidores aguardando pela entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Campos Neto vêm sendo atacado por membros do governo do Lula após defender juros altos por mais tempo, chegando a ser chamado de “inimigo do crescimento econômico”.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará pronunciamento na reunião do Diretório Nacional do PT, e em seguida participa, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cerimônia de assinatura dos decretos de recriação do Programa Pró-Catador e do Programa Recicla+.

O destaque da semana fica pela reunião do CMN na quinta-feira (16), para qual parte do mercado e integrantes do PT esperam que mudanças nas metas de inflação de 2024 em diante sejam pautadas. Ainda, segundo o Valor, um acordo entre governo e Senado deve fazer com que a tramitação Lei das Estatais volte a avançar.

Às 9h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com baixa de 0,19%, aos 107.860 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam sem direção única, com investidores avaliando as perspectivas de política monetária antes da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), na terça-feira (14). O consenso Refinitiv prevê que o indicador tenha avançado 0,4% em janeiro na comparação com dezembro. Em bases anuais, prevê alta de 6,2%.

Investidores também seguem atentos à escalada do conflito geopolítico entre os EUA e a China. Os americanos derrubaram no domingo (12) mais um objeto voador não-identificado, dessa vez sobre o Lago Huron, perto da fronteira com o Canadá. Esse é o quarto incidente do tipo desde o dia 4 de fevereiro.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,05%, S&P Futuro avançava 0,10% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,39%.

Dólar

O dólar comercial operava com baixa de 0,11%, cotado a R$ 5,215 na compra e 5,216 na venda, ampliando os ganhos da semana passada. Já o dólar futuro para março avançava 0,04%, a R$ 5,234.

No mercado de juros, os contratos futuros operam sem direção única. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 13,45%; DIF25, -0,01 pp, a 12,91%; DIF26, -0,02 pp, a 13,00%; DIF27, 0,00 pp, a 13,12%; DIF28, +0,01 pp, a 13,24%; e DIF29, 0,00 pp, a 13,40%.

Exterior

Os mercados europeus operam com alta, à medida que investidores avaliam as perspectivas econômicas e o potencial para mais aumentos de juros pelo Federal Reserve dos EUA.

Ainda em destaque, o relatório trimestral da Comissão Europeia sinalizou que o pico na inflação na Zona do Euro ficou para trás. Houve um leve corte das projeções das altas de preços para 2023 e 2024, assim como a elevação da projeção de PIB deste ano de 0,3% para 0,9%.

Ásia

A maioria dos mercados asiáticos fechou no vermelho, com investidores aguardando uma semana de divulgações de dados econômicos cruciais, incluindo inflação ao consumidor nos Estados Unidos.

O Japão, por sua vez, divulgará seu produto interno bruto (PIB) amanhã. Economistas consultados pela Reuters esperam que a economia cresça 2% no quarto trimestre em comparação com o ano anterior e 0,5% trimestralmente.

No entanto, todas às atenções estarão voltadas para a nomeação do próximo governador do Banco do Japão, que também deve ser anunciada ao parlamento na terça-feira.

No mesmo dia, o governo de Cingapura apresentará seu projeto de orçamento para o ano fiscal de 2023.

Os índices de preços de habitação da China para janeiro devem ser divulgados na quinta-feira.

As cotações do minério de ferro na China também recuaram na sessão de hoje.

Os preços do petróleo operam em queda nesta segunda-feira, após alta da última sessão, com investidores preocupados com a demanda da commodity, depois do corte na produção russa e manutenções em refinarias na Ásia e nos Estados Unidos.

O petróleo subiu na sexta-feira depois que a Rússia, terceiro maior produtor mundial de petróleo, disse que reduziria a produção de petróleo em março em 500.000 barris por dia (bpd), ou cerca de 5% da produção, em retaliação contra as restrições ocidentais às suas exportações impostas em resposta ao conflito na Ucrânia.