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Ibovespa futuro opera quase estável entre dados econômicos e alta das commodities

A última segunda-feira do ano tem agenda carregada de indicadores domésticos, com destaque para o resultado fiscal do governo central de novembro

Lara Rizério Agências de notícias

Painel eletrônico mostra cotações de ações na B3, em São Paulo 05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel
Painel eletrônico mostra cotações de ações na B3, em São Paulo 05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel

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O Ibovespa futuro opera próximo à estabilidade nesta segunda-feira (29), com investidores de olho no noticiário geopolítico. Às 9h11 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em fevereiro tinha variação positiva de 0,04%, aos 164.080 pontos.

A última segunda-feira do ano tem agenda carregada de indicadores domésticos, com destaque para o resultado fiscal do governo central de novembro, que será divulgado no início da tarde, seguido de entrevista à imprensa do secretário do Tesouro, Rogério Ceron.

Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas divulgou o IGP-M de dezembro e os dados da confiança da indústria.

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O IGP-M teve variação negativa de 0,01% em dezembro, encerrando o ano com queda acumulada de 1,05%. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,15% no mês. Em 2024, o índice havia acumulado uma alta de 6,54%.

Já a confiança da indústria no Brasil apresentou alta em dezembro sobre o mês anterior, em movimento visto como uma recuperação parcial do indicador, que ainda apresentou queda na comparação anual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 3,8 pontos na comparação com o mês anterior e atingiu 92,9 pontos, de acordo com os dados da FGV, com 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados apresentando alta da confiança. Frente a dezembro de 2024, o ICI caiu 7,2 pontos.

Enquanto isso, analistas consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir marginalmente suas expectativas para a inflação neste ano e no próximo, sem alterar as projeções para a taxa Selic, mostrou a pesquisa Focus divulgada nesta segunda.

Para 2025, os economistas reduziram a estimativa para o IPCA a 4,32%, de 4,33% estimados há uma semana, no que foi o sétimo corte consecutivo da projeção. Para 2026, a expectativa teve a sexta queda consecutiva, para uma mediana de 4,05%, de 4,06% na semana anterior.

A meta do Banco Central é uma inflação de 3,0%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Os analistas mantiveram a projeção de que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, fechará 2026 em 12,25%, com o primeiro corte acontecendo em março, de 0,5 ponto percentual, segundo a mediana das estimativas. A expectativa é que os juros cheguem ao final de 2027 em 10,50%.

Nos mercados globais, investidores operam em meio à expectativa de cortes adicionais de juros pelo Federal Reserve, com as ações caminhando para fechar o ano em níveis recordes e o dólar pairando próximo ao seu menor nível em três anos.

No mercado de commodities, os preços futuros do minério de ferro subiram nesta segunda-feira, com a promessa do principal consumidor, a China, de políticas fiscais mais proativas em 2026, impulsionando o sentimento e as esperanças de demanda pelo principal ingrediente da fabricação de aço.

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O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), da China, , encerrou as negociações diurnas com alta de 2,58%, a 796,5 iuanes (US$113,66) a tonelada, depois de atingir seu nível mais alto desde 3 de dezembro, a 803 iuanes, no início da sessão.

Já os preços do petróleo subiram mais de US$ 1 na segunda-feira, enquanto os investidores avaliavam as negociações entre os presidentes dos EUA e da Ucrânia sobre um possível acordo para encerrar a guerra na Ucrânia e evitar uma potencial interrupção no fornecimento de petróleo no Oriente Médio.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.