Ibovespa Futuro opera entre perdas e ganhos com investidores atentos a casos de Covid-19 na Europa

Pré-market mostra desempenho errático antes do fim de semana

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre entre perdas e ganhos nesta sexta-feira (18) após o índice à vista ter se descolado das bolsas dos Estados Unidos e subido puxado por Petrobras e Vale na véspera. Na Europa, o crescimento nos casos de coronavírus volta a preocupar, com mais de 10 mil novas infecções na França.

Hoje, o petróleo tem correção e cai após chegar a subir quase 9% na semana com a pressão da Arábia Saudita sobre outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para não excederem suas cotas acordadas.

Já o minério de ferro reduz a perda semanal em meio a expectativas de maior demanda da China. Os contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 1,58%, cotados a 803.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 118,82.

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Às 09h08 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha queda de 0,24%, aos 99.960 pontos. Vale lembrar que antes do fim de semana alguns investidores decidem zerar posições para não serem surpreendidos por notícias negativas nos dias em que não podem operar.

Enquanto isso, o dólar comercial sobe 0,36% a R$ 5,2496 na compra e a R$ 5,2506 na venda. O dólar futuro para outubro tem alta de 0,15%, a R$ 5,248.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 opera estável a 2,81%, o DI para janeiro de 2023 ganha um ponto-base a 4,13%, o DI para janeiro de 2025 avança dois pontos-base a 6,04% e o DI para janeiro de 2027 varia positivamente três pontos-base a 7,04%.

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Por aqui, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. A paralisação, determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, vale até o plenário do STF definir se o depoimento deve ser feito pessoalmente ou por escrito.

Outro destaque é a informação de que a Polícia Federal está investigando indícios de que o governo do presidente Bolsonaro teria financiado pessoas e páginas na internet para a propagação de atos antidemocráticos. Segundo O Globo, um relatório parcial da PF aponta pela primeira vez a relação destes atos com o Palácio do Planalto, e verifica se houve uso de recursos públicos.

Suspensão do inquérito

O relator do inquérito sobre a interferência de Bolsonaro na PF do Rio de Janeiro, Celso de Mello, está de licença médica até o dia 26 deste mês. Agora, o presidente do STF, Luiz Fux, vai definir quando o caso será avaliado pelo plenário. Segundo o jornal, a discussão deve ocorrer quando o relator tiver retomado as atividades.

Outro destaque é a informação de que a Polícia Federal está investigando indícios de que o governo do presidente Bolsonaro teria financiado pessoas e páginas na internet para a propagação de atos antidemocráticos.

Segundo O Globo, um relatório parcial da PF aponta pela primeira vez a relação destes atos com o Palácio do Planalto, e verifica se houve uso de recursos públicos. O relatório foi produzido no inquérito que tramita no STF sobre a realização de atos antidemocráticos.

Outro destaque é a notícia de que o governo publicou uma portaria com novas regras para avaliação e concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), segundo a Folha de S.Paulo. A medida chamou atenção por ocorrer um dia depois de presidente anunciar que não permitirá cortes em auxílios para idosos e pessoas com deficiência.

Privatizações e desoneração

A respeito de privatizações, o presidente disse ontem que o Branco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Casa da Moeda não serão privatizados em seu governo. No entanto, em sua live semanal, ele disse que, tirando algumas exceções, o governo quer repassar a maioria dos serviços para a iniciativa privada.

Ele também reconheceu que existem dificuldades nos processos de privatização, mas destacou que o governo não está segurando as privatizações. Além disso, Bolsonaro disse que qualquer processo deste tipo “é demorado”.

Além disso, depois de vários adiamentos, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) decidiu pautar o veto à desoneração da folha salarial para o próximo dia 30, mesmo sem acordo com o governo. De acordo com o Estado de S.Paulo, os líderes partidários do Congresso articulam mais uma derrota do Planalto, ao prorrogar o benefício às empresas até o fim de 2021.

A equipe econômica é contra a prorrogação. Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu sua equipe de secretários e assessores especiais pelo segundo dia seguido, mas o tema discutido não foi divulgado.

Os investidores também acompanham a informação de que o Ministério da Infraestrutura e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram a definição de um cronograma para a concessão de 5.348 km de rodovias federais, que passam por 11 Estados.

Segundo a Reuters, os estudos devem ser concluídos no terceiro trimestre de 2021, e os leilões começam em 2022, gerando R$ 30 bilhões em investimentos.

Radar corporativo

No noticiário corporativo, a Petrobras anunciou o início da venda de mais um ativo, a empresa Araucária Nitrogenados (ANSA), no estado do Paraná. Além disso, a Aura Minerals anunciou o primeiro carregamento de ouro da mina Gold Road, localizada no Arizona, Estados Unidos. Já a Klabin informou que a Deloitte avaliou o valor de contrato de licença para uso de marca com a Sogemar, em R$ 1,046 bilhão.

Outros destaques foram os anúncios de distribuição de proventos feitos pela Telefônica Brasil, Lojas Renner, Raia Drogasil e Copasa.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.