Ibovespa Futuro opera entre perdas e ganhos à espera de adiamento nas tarifas dos EUA

Pré-market indica dia de altas expectativas com o exterior e menos peso da política no desempenho dos ativos

Ricardo Bomfim

(shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro oscila entre perdas e ganhos nesta terça-feira (12) com os investidores esperando que o presidente americano, Donald Trump, confirme o adiamento da sobretaxa aos veículos da União Europeia. Em tempos de incertezas sobre a fase 1 do acordo entre EUA e China, a notícia seria um alívio por acabar com os temores de abertura de mais um front na guerra comercial.

Às 9h09 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para dezembro tinha leve baixa 0,15% a 108.665 pontos. Já o dólar futuro com o mesmo vencimento registra leve variação positiva de 0,01% a R$ 4,159.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 avança um ponto-base 4,55% e o DI para janeiro de 2023 fica estável a 5,61%.

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Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro pode anunciar hoje a criação de um novo partido, Aliança pelo Brasil, devendo ficar sem legenda até que a nova sigla seja criada, o que depende da coleta de 500 mil assinaturas, obtidas em ao menos nove Estados. Assim, Bolsonaro tenta se afastar dos casos de irregularidades das candidaturas laranjas do PSL, partido em que se elegeu.

No Congresso, está prevista para hoje a promulgação da reforma da Previdência, aprovada dia 22 de outubro. Já a chamada PEC Paralela, que traz a inclusão de servidores estaduais e municipais na reforma, pode avançar hoje no Senado com a votação dos destaques e, a depender da celeridade dos trabalhos, com a sua votação em segundo turno.

Bolsas Internacionais

Sem novidades no front do acordo comercial com a China, os investidores monitoram o desenrolar da disputa com a União Europeia, com uma possível prorrogação da tarifação sobre veículos. Trump afirmou em maio que as importações de automóveis e autopeças europeias eram uma ameaça à segurança nacional. Na ocasião, ele determinou o prazo de seis meses, que se encerra essa semana, para a tomada de uma decisão, reporta o site Politico.

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Já na disputa com a China, os investidores seguem acompanhando o desenrolar das negociações, após o revés no otimismo com Trump desmentindo sobre a reversão das tarifas já impostas dentro da guerra comercial. A revisão é um dos pontos centrais de Pequim para fechar um acordo, mas que sofre oposição interna na Casa Branca.

Na Europa, entre os indicadores, destaque para a taxa de desemprego no Reino Unido, que caiu para 3,8% no trimestre até setembro, de 3,9% no trimestre até agosto. O resultado veio pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam manutenção da taxa em 3,9%.

A pesquisa do ONS também mostrou que os salários no Reino Unido, excluindo-se o pagamento de bônus, avançaram 3,6% na comparação anual do trimestre até setembro, superando a previsão do mercado, que era de alta de 3,8%.

Já o índice de expectativas econômicas da Alemanha subiu de -22,8 pontos em outubro para -2,1 pontos em novembro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo instituto alemão ZEW. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam avanço menor do indicador, a -14,8 pontos.

O índice das condições atuais medido pelo ZEW, por sua vez, aumentou de -25,3 pontos em outubro para -24,7 pontos em novembro. Neste caso, a projeção era de ganho maior, a -22 pontos

Na Ásia, destaque para a bolsa de Hong Kong que se recuperou do tombo da véspera em meio a mais um acirramento da onda de protestos. Já o preço futuro do minério de ferro fechou com alta de 2,45%, também se recuperando das perdas recentes.

Os futuros do petróleo, que chegaram a operar em queda, apresentavam alta no início da manhã, em meio às preocupações com a guerra comercial e aumento da oferta por parte da Arábia Saudita.

Noticiário corporativo

Na agenda corporativa, destaque para os resultados de Embraer, MRV, Copel, CPFL, Biosev, Aliar e Minerva.

Na noite da véspera, a Marfrig lucrou R$ 100,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 126 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Já a BR Distribuidora encerrou o terceiro trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 1,336 bilhão, o que representou uma alta de 23,9% sobre o mesmo período do ano passado. Em nove meses, o lucro da companhia soma R$ 2,115 bilhões, alta de 33,2%.

Enquanto isso, entre julho e setembro, a Eletrobras lucrou R$ 716 milhões. No mesmo período de 2018, a empresa teve prejuízo de R$ 2,2 bilhões. A Cosan teve lucro lucro líquido ajustado de R$ 460,8 milhões no 3º trimestre, ante R$ 172,9 milhões no mesmo período do ano passado.

Já a Ânima Educação encerrou o período com prejuízo de R$ 2,5 milhões, queda de 85% em relação ao prejuízo de R$ 16,6 milhões frente o mesmo período do ano passado. A Yduqs (ex-Estácio Participações), por sua vez, teve lucro líquido de R$ 158,8 milhões no mesmo período, uma queda de 18,3% ante os ganhos de R$ 202,6 milhões em igual período do ano passado. Sanepar lucrou R$ 243,6 milhões, Enauta teve lucro de R$ 41,9 milhões, enquanto a Rumo teve lucro líquido de R$ 367 milhões, crescimento de 62,5%.

Fora da safra de balanços, a Taurus Armas não será mais negociada com os tickers FJTA3 e FJTA4 a partir desta terça, mudando o código de negociação para TAUR3 e TAUR4. Já na CVC, Luiz Fernando Fogaça vai acumular a vice presidência financeira. Enquanto isso, o Estadão informa que  IRB, CNP, BB e Tokio vão disputar habitacional da Caixa Seguridade.

(Com Agência Estado, Agência Senado, Agência Brasil e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.