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Ibovespa futuro acelera queda após dados de emprego nos EUA acima do esperado; dólar passa a subir

Investidores monitoram dados de emprego nos EUA enquanto que, por aqui, atenção para a repercussão dos resultados

Felipe Moreira

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O Ibovespa futuro saiu da estabilidade e passou a ter perdas nesta sexta-feira (5), em linha com os índices futuros de Nova York, após a divulgação dos dados de emprego dos EUA às 9h30 (horário de Brasília), principal indicador do dia.

Os Estados Unidos criaram 528 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em julho, e com isso a taxa de desemprego caiu para 3,5%. O resultado ficou acima do consenso do mercado, que projetava a criação de 250 mil vagas e uma taxa de desemprego de 3,6%, segundo a Refinitiv. Analistas de mercado tinham destacado o payroll como crucial para que o Federal Reserve decidisse os próximos passos de política monetária.

Os números acima do projetado podem indicar que o Fed tenha que subir mais os juros, enquanto a desaceleração esperada, mas que não aconteceu, poderia aliviar a pressão para que a autoridade monetária adotasse um terceiro aumento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros em sua próxima reunião em setembro, embora muito dependa da inflação e das leituras de emprego no período que antecede esse encontro.

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Segundo dados do CME Group, a probabilidade para uma elevação de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Fed foi para 63,5% (ante 34% ontem), enquanto a probabilidade de uma alta de 0,50 p.p. caiu para 36,5% (frente à possibilidade de 66% no dia anterior).

Com isso, às 9h45 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento para agosto operava em queda de 0,44%, aos 106.420 pontos.

O dólar comercial subia 0,6%, a R$ 5,251 na compra e R$ 5,252 na venda, após abrir em leve queda. O dólar futuro para agosto tinha alta de 0,95%, a R$ 5,298.

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Nos EUA, o Dow Jones Futuro tinha queda de 0,41%, S&P Futuro baixa de 0,76% e Nasdaq Futuro em queda de 1,03%.

Já a maioria das bolsas europeias operava em queda durante a manhã, também à espera dos dados de emprego dos EUA, e a tendência também continuou. Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra elevou as taxas de juros em 50 pontos-base , prevendo que a inflação do Reino Unido atingirá um pico acima de 13% em outubro e a economia entrará em uma recessão prolongada no quarto trimestre.

Já os mercados asiáticos fecharam em alta à medida que investidores diminuem a aversão ao risco depois de uma semana marcada por exercícios militares da China após a visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi.

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O Taiex de Taiwan saltou 2,27%, para 15.036,04, com a fabricante de chips TSMC subindo 3,2%. O índice negociou em baixa nesta semana, com o aumento das tensões EUA-China durante a viagem de Pelosi.

Os mercados não reagiram nesta data aos exercícios da China em torno de Taiwan. O ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi, por sua vez, disse que mísseis chineses pousaram na zona econômica exclusiva do Japão e chamou os exercícios militares de “problema sério”, de acordo com uma reportagem da NBC News.

Do lado das commodities, as cotações do petróleo operam em baixa depois de atingirem seu menor nível desde antes da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro na sessão passada, com o mercado preocupado com o impacto da inflação no crescimento econômico global e na demanda.

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Os preços do minério de ferro voltam a subir após queda da véspera, diante das preocupações com a demanda na China.

Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora

Ibovespa

“Fechou ontem com alta de 2,04% e rompeu a LTB com um candle bom, indicando que continua forte na compra. Já chegou na região de resistência dos 106 mil pontos e o próximo ponto seria nos 109 mil pontos. Ainda esticado na alta e sem definição de tendência, mas sem sinais de vendas por enquanto”

Dólar

“Conseguiu fechar abaixo do candle do dia 3, o que sugere tentativa de uma nova perna de baixa, que será confirmada se romper o fundo anterior em R$ 5,170. Sem tendência definida, no curtíssimo prazo segue mostrando força na venda.”

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