Ibovespa futuro opera entre leves perdas e ganhos, com investidores de olho em IPCA-15 e no cenário externo; dólar volta a cair

Contrato para junho do principal índice da bolsa brasileira chegou a abrir em queda mas virou e agora tem leve alta

Vitor Azevedo

(Getty Images)

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O Ibovespa futuro opera em leve alta no início do pregão desta sexta-feira (25). O contrato futuro do principal índice da bolsa brasileira para junho chegou a abrir em queda mas, às 9h30 (horário de Brasília),  avançava 0,05%, aos 120.025 pontos, acompanhando a performance dos futuros americanos.

Nos Estados Unidos, o contrato do Dow Jones para junho sobe 0,22%, o do S&P 500, 0,32%, e o da Nasdaq, 0,76%, estendendo, levemente, as altas da véspera. O pré-mercado sinaliza mais um dia de cautela, com investidores ainda repercutindo dados macroeconômicos, que vêm se mostrando positivos, e ao mesmo tempo digerindo notícias da guerra na Ucrânia e a elevação das taxas de juros pelo Federal Reserve.

“O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou a intenção de aumentar a taxa básica de juros em todas as reuniões do Fed deste ano, mas os analistas estão começando a acreditar que o ritmo pode ser de 0,50 ponto percentual por reunião, em vez de 0,25 ponto”, comentam os analistas da XP, em seu morning call.

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Eles pontuam para o fato de que a inflação ao consumidor está próxima de 8%, quase quatro vezes acima da meta de longo prazo do Fed, e de que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego publicados ontem caíram para 187 mil, o nível mais baixo em décadas, sugerindo que o mercado de trabalho está superaquecido.

Na Europa, os índices avançam. O DAX, da Alemanha, sobe 0,90%. O FTSE, do Reino Unido, tem alta de 0,34%. O CAC 40, da França, sobe 0,85%. O STOXX 600, de todo o continente, avança 0,63%.

Investidores na Europa repercutem uma série de dados econômicos divulgados mais cedo. No Reino Unido, as vendas no varejo em fevereiro recuaram 0,3%, ante consenso de alta de 0,6%; na Espanha, o PIB do quarto trimestre cresceu 2,2%, ante consenso de 2%; na Alemanha, o índice Ifo de clima de negócios de março teve leitura de 97, ante 96,5 do consenso.

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Além disso, investidores continuam a monitorar novas notícias sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, bem como desdobramentos geopolíticos do conflito. Em reunião realizada nesta quinta-feira, Estados Unidos e Europa anunciaram um acordo para aumentar o fornecimento de gás americano ao Velho Continente, como plano para reduzir a dependência de gás russo.

Isso explica, em parte, a leve queda que o petróleo apresenta na manhã desta sexta-feira. O contrato de compra do barril Brent para maio recua 1,80%, a US$ 116,89, e o do barril WTI para abril cai 1,8%, a US$ 110,22.

Na Ásia, enquanto os índices do Japão e da Coreia do Sul conseguiram se manter no verde, os papéis de Hong Kong e da China registraram quedas consideráveis. Destaque negativo, mais uma vez, para a performance das companhias de tecnologia destes dois países, que pesaram sobre ambas bolsas e estenderam as perdas que começaram ontem, após a Tencent reportar um resultado que trouxe receita crescendo, mas desacelerando em nível recorde.

O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,14% e o Kospi, da Coréia, fechou estável. O Shanghai, da China continental, por outro lado, recuou 1,17%. O HSI, de Hong Kong, teve queda de 2,47%.

Apesar do recuo das bolsa chinesas, o preço da tonelada do minério de ferro avançou no porto de Dalian, fechando em alta de 3,23%, a US$ 133,20. No porto de Cingapura, o preço da tonelada avançou 3,76%, negociado a US$ 153,35.

No cenário interno, Ibovespa futuro repercute IPCA-15

O Ibovespa futuro repercute ainda nesta sexta-feira a divulgação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do IPCA-15 de março. O índice, considerado uma prévia da inflação brasileira oficial, avançou 0,95% no mês, na maior alta para um intervalo do tipo desde 2015 e também acima do consenso do mercado, que esperava alta de 0,87%.

Apesar da inflação acima do esperado, a curva de juros brasileira opera, agora, em tendência de queda. O rendimento dos DIs para janeiro de 2023 caem nove pontos-base, para 12,76%, e o do DI para janeiro de 2025 recua 16 pontos, a 11,55%. Na ponta longa da curva, os DIs para 2027 e 2029 veem suas taxas recuarem, respectivamente, seis e quatro pontos-base, para 11,48% e 11,64%.

Em parte, dá espaço para uma folga na perspectiva da inflação a sinalização de que o Real terá mais um dia de valorização frente ao dólar. O contrato da moeda americana para junho cai 0,52%, a R$ 4,811. O dólar comercial recua 0,55%, negociado a R$ 4,805 na compra e a R$ 4,806 na venda.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Segue com força na compra, já com 7 pregões consecutivos em alta, e se aproxima de região de resistência em 119 mil e 120 mil pontos”.

Dólar

“O dólar testou o suporte de R$ 4,80 e deixou um candle de indecisão. A divisa segue ainda em tendência de baixa, mas espero por uma correção desse último movimento, que já está em 7 pregões consecutivos”.

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