Ibovespa futuro opera em queda, acompanhando virada no exterior, com cautela por inflação nos EUA

Investidores mantém a cautela, aguardando publicação da inflação dos EUA e outros dados macroeconômicos

Vitor Azevedo

(Pixabay)

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O Ibovespa futuro opera em leve queda no inicio do pregão desta terça-feira (8), acompanhando as bolsas americanas, que também recuam.  O contrato do principal índice da bolsa brasileira para fevereiro 0,33%, ao 111.895 pontos, às 9h30 (horário de Brasília).

Nos EUA, após um início de manhã em alta, os índices passaram a oscilar entre leves perdas e ganhos. Os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq operam entre altas e baixas – o primeiro recua 0,03%, o segundo, 0,23%, e o terceiro, 044%.

Investidores mantêm a cautela, aguardando a publicação da inflação americana em janeiro, que sairá na quinta. O dado é visto como decisivo para a decisão de como o Federal Reserve se portará na próxima definição da taxa de juros na maior economia do mundo.

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Ainda em juros, chama a atenção durante o pré-mercado americano a performance dos treasuries. O título com vencimento em dez anos, na ponta longa da curva, tem alta de 34 pontos-base, com taxa de 1,95%, flertando com os 2%. Na ponta curta, o vincendo em dois anos tem alta de 27 pontos-base, para 1,323%.

Na Europa, por outro lado, as taxas dos títulos dão uma folga. Na Alemanha, maior economia do continente, os títulos com vencimento em dois anos caem 11 pontos-base, negativos em 0,319% – ainda, porém, no maior patamar em cerca de sete anos. A queda vem após a produção industrial do país recuar 0,30% em dezembro, contrariando o consenso de alta de 0,40%.

A folga nos juros no Velho Continente também é impulsionada pelo recuo do preço do petróleo. A commodity, muito importante para definir o futuro da inflação, cai pelo segundo pregão consecutivo. O barril Brent para abril tem baixa de 1,84%, a US$ 90,98, e o WTI para março cai 1,64%, a US$ 89,84.

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“Os preços do petróleo enfraqueceram, continuando a cair após fechar em baixa pela primeira vez em sete sessões, com o mercado focado na retomada das negociações nucleares entre o Ocidente e o Irã no final da sessão, o que pode levar à remoção das sanções às vendas de petróleo iranianas”, explicam os analistas da XP Investimentos, em morning call. 

Além disso, abre espaço também para uma folga nos preços dos barris a sinalização de que o encontro entre os presidentes francês, Emmanuel Macron, e russo, Vladimir Putin, foi frutífero, o que deve diminuir, ao menos momentaneamente, a tensão nas fronteiras da Ucrânia. Segundo Macron, o russo teria concordado em reduzir número de tropas em Belarus após conclusão de exercícios se o diálogo com aliados da OTAN continuar na direção correta

Apesar do recuo das taxas de juros, o DAX, principal índice alemão, cai 0,20%. O STOXX 600, de toda a Zona do Euro, recua 0,06%. O FTSE, do Reino Unido, e o CAC 40, da França, se mantêm estáveis, com leve tendência de alta, subindo, respectivamente, 0,8% e 0,16%.

Na Ásia, os índices fecharam sem direção exata. O Shangai, da China continental, avançou 0,67%. Do outro lado o HSI, de Hong Kong, recuou 1,02%. Nikkei, do Japão, e Kospi, da Coréia do Sul, ficaram próximos da estabilidade.

No Brasil, ata do Copom e na PEC dos combustíveis

O Banco Central divulgou, logo pela manhã, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na última semana, quando houve uma elevação da taxa em 1,5 ponto percentual.

“A ata trouxe um tom mais hawkish (ou seja, mais rígido em relação a inflação) do que o comunicado divulgado na semana passada pelo Banco Central, sinalizando que haverá mais de uma elevação de juros adiante, ou seja, que o ciclo de altas da Selic, mesmo que em menor ritmo, não se encerrará na reunião de março”, comenta a XP.

Os analistas pontuam ainda que o documento trouxe uma incerteza sobre o cenário de inflação, com os diretores da instituição acompanhando o cenário internacional, como o aperto nos EUA, e o preço das commodities.

A curva de juros, após a ata, opera mista, subindo na ponta curta e em seu meio e caindo na ponta longa. O rendimento dos DIs vincendo em janeiro de 2023 e em janeiro de 2025 sobem, respectivamente, 11 pontos-base e quatro pontos, para 12,09% e 11,06%. Os contratos com vencimento em janeiro de 2027 recuam um ponto, para 11,2%, e os para o primeiro mês de 2029 caem dois pontos, para 11,36%.

O dólar futuro sobe 0,09% a R$ 5,292. O dólar comercial sobe 0,14%, a R$ 5,261 na compra e a R$ 5,262 na venda.

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