Ibovespa futuro opera de lado com inflação e possível acordo sobre guerra na Ucrânia no radar

Russos e ucranianos devem começar mais uma rodada de negociações; Bolsas no exterior reduziram ganhos

Mitchel Diniz

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro abriu os negócios desta segunda-feira (14) entre perdas e ganhos, enquanto o ritmo de alta dos mercados internacionais diminuiu. As Bolsas repercutem uma nova possibilidade de acordo entre Rússia e Ucrânia, em mais uma rodada de negociações entre os países. As cenas do fim de semana, entretanto, não são nem um pouco animadoras, com novos bombardeios a cidades ucranianos e aumento no número de mortes, incluindo de civis.

Às 9h05 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para abril de 2022 recuava 0,12%, aos 112.770 pontos. As preocupações com a inflação voltam a mexer com a visão dos investidores, com um salto nas projeções do IPCA para 2022 pelos economistas consultados semanalmente pelo Banco Central. A projeção do Relatório Focus passou de 5,65% na semana passada para 6,45% na leitura desta semana.

A revisão vem na esteira dos últimos acontecimentos, com ajuste do preço dos combustíveis pela Petrobras, na semana passada, e a guerra na Ucrânia, que além de impactar preços de energia, também deve refletir em alimentos mais caros. Na China, uma nova onda de Covid traz perspectiva  de novos lockdowns e uma nova quebra na cadeia de surprimentos.

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Os investidores também operam no aguardo da super quarta-feira, ocasião em que tanto o Banco Central do Brasil quanto o Federal Reserve, nos Estados Unidos, devem anunciar aumento de juros. Por aqui a expectativa é que o BC eleve a Selic em 1 ponto percentual; quanto ao Fed, a alta deve ser moderada, de 0,25 ponto percentual.

Em Nova York, os índices futuros, reduziram ganhos: os futuros do Dow Jones e S&P 500 subiam, respectivamente, 0,65% e 0,30%. O Nasdaq futuro recuava 0,32%.

Mesmo com o salto nas revisões dos economistas para a inflação deste ano no Brasil, os juros futuros operam estáveis e com tendência de queda nos primeiros negócios do dia: DIF23, estável, a 13,20%; DIF25, – 0,07 pp, a 12,51%; DIF27, – 0,07 pp, a 12,30%; DIF29, – 0,06 pp, a 12,37%.

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O dólar comercial abriu em ligeira alta e sobe 0,12%, a R$ 5,059 na compra e R$ 5,060 na venda.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados