O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (26), sentido oposto ao do pré-mercado dos Estados Unidos, sustentado pela alta do petróleo e do minério no exterior, antes do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole.
Investidores esperam novas informações sobre o ritmo de aperto monetário do Fed, com muitos esperando que Powell reitere a promessa do BC americano de desacelerar a inflação aumentando as taxas de juros. As opiniões estão divididas sobre se o Fed aumentará as taxas em 0,5 ou 0,75 ponto percentual em sua próxima reunião de política monetária em setembro.
Às 9h15 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento para outubro operava em alta de 0,31%, aos 115.525 pontos.
No câmbio, o dólar comercial tinha queda de 0,05%, cotado a R$ 5,109 na compra e R$ 5,110 na venda. Já o dólar futuro para setembro tinha baixa de 0,21%, a R$ 5,107.
Juros futuros recuam nas pontas mais longas: DIF23 (janeiro para 2023), 0,00 pp, a 13,72%; DIF25, -0,01 pp a 12,09%; DIF27, -0,03 pp, a 11,81%; e DIF29, -0,04 pp, a 11,92%.
No cenário doméstico, o Índice Nacional de Custo da Construção – M subiu 0,33% em agosto, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 1,16%. Com este resultado, o índice acumula alta de 8,80% no ano e 11,40% em 12 meses. Já o Índice de Preços ao Produtor de julho cresceu 1,21% frente a junho. O acumulado no ano atingiu 11,46% e o acumulado em 12 meses chegou a 18,04%.
Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam em baixa, revertendo os ganhos da sessão passada, à espera de um dos indicadores favoritos do Fed: o índice de preços de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), referente ao mês de julho. O consenso Refinitiv aponta para alta mensal de 0,3% na comparação com junho e alta de 4,7% na base anual.
O Dow Jones futuro caia 0,11%, o S&P futuro recuava 0,24% e Nasdaq operava com queda de 0,33%.
Enquanto isso,, a maioria dos mercados asiáticos fechou em alta, com exceção do índice de Shangai, da China, com participantes do mercado também aguardando a apresentação do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole.
Europa
Os mercados europeus operam sem direção definida, com as atenções voltadas para o discurso do presidente do Fed no simpósio econômico de Jackson Hole, além do regulador de energia do Reino Unido, Ofgem, anunciar seu mais recente aumento no teto de preço de energia do país, oferecendo uma visão sombria sobre o caminho da crise cada vez mais profunda do custo de vida e as perspectivas de inflação no Reino Unido.
Ofgem informou que a partir de 1º de outubro seu teto de preço aumentará 80% para 3.549 libras (US$ 4.189,64) por ano em relação ao seu nível atual de 1.971 libras, como resultado de um aumento contínuo nos preços do gás no atacado.
O Reino Unido vem enfrentando uma crise histórica de custo de vida, o regulador alertou que a situação se deteriorará ainda mais em 2023 e se recusou a oferecer estimativas para novos aumentos em janeiro.
Investidores do bloco também repercutem a leitura do sentimento do consumidor alemão para setembro, juntamente com os dados de confiança do consumidor francês e italiano para agosto.
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