Ibovespa Futuro opera com forte baixa pressionado por decepção com dividendos da Petrobras

Relatório de emprego dos EUA é destaque no exterior

Felipe Moreira

B3 (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta sexta-feira (8), com investidores repercutindo a decisão da Petrobras (PETR3;PETR4) de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas ofuscando os resultados do 4º trimeste 

A estatal lucrou R$ 31,043 bilhões de forma líquida no quarto trimestre de 2024, baixa de 28,4% no ano. Além disso, o número, divulgado na noite desta quinta-feira (7), ficou aquém do consenso LSEG, que era de R$ 35 bilhões.

Às 9h19 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com desvalorização de 1,79%, aos 127.360 pontos.

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Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em baixa, enquanto investidores divulgação do relatório de empregos de fevereiro, para obterem mais informações sobre a saúde do mercado de trabalho americano.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,21%, S&P Futuro recuava 0,04% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,15%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com alta de 0,67%, cotado a R$ 4,966 na compra e R$ 4,967 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,61%, indo aos 4,974 pontos.

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No mercado de juros, os contratos futuros operam com forte alta. O DIF25 opera alta de 0,02 pp, a 9,90%; DIF26, +0,06 pp, a 9,76%; a DIF27, +0,06 pp, a 9,96%; DIF28, +0,07 pp, a 10,24%; DIF29 +0,08 pp, a 10,42%.

Os preços do petróleo sobem impulsionados pela crescente procura nos Estados Unidos e na China, os maiores consumidores de petróleo do mundo, e enquanto o Banco Central dos EUA dá sinais sobre a possibilidade de cortes nos juros neste ano.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, uma vez que a produção de metal veio abaixo do esperado e um aumento persistente nos estoques portuários no principal consumidor da China pesaram sobre o sentimento do mercado.

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As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em alta generalizada, após Wall Street reagir com ganhos ontem a novas indicações de que os EUA estão mais próximos de cortar seus juros básicos. Na China, ações de tecnologia e telecomunicações tiveram forte desempenho após o ministro chinês do setor prometer consolidar e aperfeiçoar as vantagens competitivas do país na área, durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo, segundo a mídia estatal.

Os mercados europeus operam sem direção única, com investidores digerindo a previsão de inflação atualizada do Banco Central Europeu (BCE) e aguardando novos dados de emprego nos EUA. Os investidores ficaram animados na véspera depois do BCE ter revisto a sua previsão para a inflação em 2024 de 2,7% para 2,3%, mesmo mantendo as taxas de juro estáveis. Os mercados já precificaram cortes nas taxas a partir de junho e consideraram as previsões macroeconômicas atualizadas como mais um apoio para esse cronograma.