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Ibovespa Futuro descola do exterior e opera em leve baixa

Mercados aguardam pela divulgação do PCE de agosto, indicador de consumo pessoal preferido do Fed para acompanhar comportamento de preços

Felipe Moreira

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O Ibovespa futuro opera no campo negativo nos primeiros negócios desta sexta-feira (30), na contramão do movimento observado no pré-mercado dos EUA e nas bolsas da Europa. Às 9h19 (horário de Brasília), o contrato para outubro caía 0,15%, aos 108.010 pontos.

A sessão é positiva no exterior após uma sequência de perdas não vista desde 2008-09 em meio aos temores de recessão e apertos monetários.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam com leve alta antes da divulgação do PCE, indicador de inflação preferido do Federal Reserve, e do índice de confiança do consumidor. O Dow Jones sobe 0,11%, Nasdaq tem alta de 0,23% e S&P 500 sobe 0,22%.

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No câmbio, a divisa americana é negociada perto da estabilidade. O dólar comercial opera com alta de 0,01%, cotado a R$ 5,395 na compra e R$ 5,396 na venda. Já o dólar futuro para setembro tinha desvalorização de 0,03%, a R$ 5,397.

Com relação a curva de juros, os contratos futuros operam em alta no médio e longo prazo, com alívio da pressão do dólar sobre o real. DIF23 (janeiro para 2023), 0,00 pp, a 13,70%; DIF25, -0,02 pp a 11,72%; DIF27, -0,02 pp, a 11,68%; e DIF29, -0,01 pp, a 11,85%.

Em indicadores domésticos, a pesquisa PNAD contínua ficou em 8,9% em agosto, em linha com expectativas do mercado.

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Europa

Os mercados europeus também operam em alta na última sessão do mês de setembro, buscando recuperação após a liquidação global registrada ontem.

A inflação ao consumidor na zona do euro em setembro atingiu 10,0%, acima do consenso de mercado de 9,7% e uma alta em relação aos 9,1% aferidos em agosto, de acordo com uma estimativa divulgada hoje pelo Eurostat.

Já a taxa de desemprego ajustada na área do euro foi de 6,6%, estável em relação a julho de 2022 e abaixo dos 7,5% em agosto de 2021.

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Ásia

Por outro lado, no continente asiático, a maioria das bolsas fechou em baixa após a queda do mercado americano na quinta-feira, apesar de novos dados mostrem que a atividade fabril da China cresceu acimada das expectativas em agosto.

O Índice de Gerentes de Compras da indústria manufatureira da China cresceu em setembro para 50,1, muito acima dos 49,6 previstos por analistas em uma pesquisa da Reuters.

O yuan chinês se valorizou em relação ao dólar, estendendo os ganhos pela segunda sessão consecutiva depois que a Reuters informou que o banco central pediu aos bancos estatais que apoiassem a moeda.

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O Banco Popular da China alertou os especuladores para não apostarem no yuan em nenhuma direção no início desta semana.

Já os preços do minério de ferro engatam segunda alta consecutiva, sustentados por dados da atividade fabril chinesa acima do esperado.

A demanda por minério de ferro na China aumentou no início deste mês, mas o banco UBS diz que é um aumento de “vida curta” que entrará em colapso no próximo mês.

Análise técnica de Ibov e dólar, por Pamela Semezatto, da Clear Corretora

IBOV: “Rompeu o suporte que estávamos de olho: 109.000 pontos. No entanto, ainda não foi um rompimento bom, já que os candles que fecharam abaixo desse ponto são candles que ainda não mostram muita força vendedora, o que pode ser um sinal somente uma correção da ultima alta. Seguimos em lateralização em um prazo maior e, se hoje passar acima do candle de ontem, podemos esperar por um movimento de alta e o próximo ponto de resistência é o mesmo 109.000 pontos que foi rompido.”

DÓLAR: “Continua em lateralização em um tempo maior e, com o rompimento de 5.300 pontos, podemos considerar tendência de alta no curtíssimo prazo, se conseguir se manter acima desse ponto. Vem fazendo máximas mais altas, porém sem muito deslocamento nos candles para mostrar força na tendência. Próximas resistências: 5.500 e 5.650. Próximos suportes: 5.300 e 5.100.”