Ibovespa Futuro começa 2020 com alta de mais de 1% e dólar cai com boas notícias vindas da China

Corte de compulsório na China e expectativa de que EUA assinem acordo comercial impulsionam mercados

Lara Rizério

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Após quatro anos seguidos de alta para o Ibovespa, 2020 já começa com fortes ganhos para o contrato futuro do índice com vencimento em fevereiro, em meio ao noticiário mais positivo no exterior e também com o ambiente mais otimista para a economia brasileira.

Assim, às 9h08 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa Futuro com vencimento em fevereiro de 2020 sobe 1,23%, a 117.225 pontos, enquanto o dólar futuro tem queda de 0,34%, a R$ 4,01. O dólar comercial fechou o mês de dezembro em queda de 5,42%, mas encerrou o ano ainda com uma valorização de 3,5% e, nesta quinta, tem queda de 0,16%, a R$ 4,0058 na compra e R$ 4,0065 na venda.

No exterior, os futuros de Nova York apontam para uma abertura em alta após notícias vindas da China. O BC chinês anunciou ontem que reduzirá o compulsório dos bancos a partir do dia 6 para aumentar a liquidez na economia local, que parece estar recuperando a confiança.

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O PMI industrial da China de dezembro, divulgado na madrugada de hoje, saiu positivo aos 51,5 pontos, mas inferior ao de novembro.

Ainda sobre a China, o presidente americano Donald Trump disse que quer assinar a primeira fase do acordo comercial com o gigante asiático no dia 15 e poderá visitar Beijing em data posterior para discutir a segunda fase, informa a CNBC News.

A notícia, associada ao ambiente de maior otimismo com a economia e juros baixos, devem sustentar o Ibovespa após a alta de 31,58% em 2019.

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Indicadores econômicos

No Brasil, a Secretaria de Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Ministério da Fazenda divulga nesta quinta-feira, às 15h, o resultado fechado da balança comercial brasileira de 2019. Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho do governo americano publica às 10h30 (hora de Brasília) os pedidos de seguro-desemprego da última semana de dezembro de 2019. Economistas ouvidos pela agência Dow Jones projetam que será de 225 mil pedidos, em pequena expansão sobre a terceira semana de dezembro, quando foi de 222 mil. Outro indicador importante nos EUA é a publicação do índice IHS Markit, índice de compras da manufatura e referente a dezembro, prevista para as 11h45.

Noticiário corporativo

A Natura & Co Holding informou ontem (1) que começará a negociar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em 6 de janeiro. Segundo a empresa, já foram obtidas autorizações da SEC, a comissão de valores mobiliários do governo americano, e na própria NYSE.

Já a Petrobras comunicou ao mercado que a petrolífera Petronas da Malásia pagou os R$ 2,8 bilhões restantes do acordo da venda de 50% dos seus campos de Tartaruga Verde e bloco III de Espadarte.

Com a venda de ativos nos outros países da América do Sul, de poços nas bacias da região Nordeste, da petroquímica Braskem e da distribuição de gás natural, além de todas as refinarias fora do eixo Rio-São Paulo, a Petrobras se prepara para ser uma empresa mais enxuta na década de 2020, analisa matéria de hoje do jornal Valor Econômico.

Segundo estimativas, o objetivo da Petrobras é levantar entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões nos próximos anos, para reduzir a dívida bruta dos US$ 88 bilhões atuais para menos de US$ 60 bilhões em 2021. A estratégia deverá aumentar a distribuição de dividendos.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.