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Ibovespa Futuro cai na contramão do exterior após recorde na véspera

O Ibovespa renovou máximas históricas na terça-feira, ultrapassando os 161 mil pontos pela primeira vez, em pregão endossado pelo cenário externo

Felipe Moreira

Painel eletrônico da Bolsa de Valores B3 do Brasil em São Paulo, Brasil 25/07/2019 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Painel eletrônico da Bolsa de Valores B3 do Brasil em São Paulo, Brasil 25/07/2019 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

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O Ibovespa Futuro inicia a quarta-feira (3) em leve baixa, após o índice à vista renovar recorde histórico na véspera. O movimento contrasta com o viés positivo no exterior, em um dia em que investidores acompanham as apostas sobre o próximo presidente do Federal Reserve e aguardam dados de emprego nos Estados Unidos. Às 9h08 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em dezembro recuava 0,08%, aos 162.210 pontos.

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Na cena nacional, Lula concede entrevista à TV Verdes Mares, de Fortaleza, às 8h. Já os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Fazenda, Fernando Haddad, apresentam às 10h30 medidas para enfrentar dependência em jogos e apostas.

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Enquanto isso, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional adiou para esta quarta-feira a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, originalmente prevista para terça-feira.

Notícias de que o governo de Donald Trump cancelou abruptamente entrevistas com os finalistas para o cargo de chair do Fed reforçaram a visão de que Kevin Hassett — visto como um defensor de cortes na taxa de juros nos Estados Unidos — substituirá Jerome Powell em maio do próximo ano.

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Trump disse que irá anunciar sua escolha para o comando do banco central norte-americano no início de 2026, e que reduziu sua lista para apenas uma pessoa.

A reação dos operadores a essa possível influência “dovish” era um dólar mais fraco pelo nono dia consecutivo, curvas de rendimento dos títulos do governo mais inclinadas e um rali nos ativos de risco.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,17%, o S&P Futuro tinha valorização de 0,18% e o Nasdaq Futuro avançava 0,13%.

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Dólar, commodities e exterior

O dólar à vista caía 0,28%, cotado a R$ 5,316 na venda. Na B3, o contrato de dólar com primeiro vencimento caía 0,27%, a R$ 5,348.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com mistos nesta quarta, com destaque para ações do SoftBank, que liderou os ganhos das ações japonesas relacionadas à tecnologia, acompanhando seus pares de Wall Street e impulsionando o índice Nikkei 225.

Kospi, da Coreia do Sul, também subiu, impulsionado pelo crescimento de 1,8% do PIB do terceiro trimestre. O presidente sul-coreano Lee Jae Myung também discursou ao país no primeiro aniversário da tentativa fracassada do ex-presidente Yoon Suk Yeol de declarar lei marcial.

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Os mercados europeus operam em alta nesta quarta, após a recuperação dos principais índices dos EUA na véspera e a alta generalizada dos mercados da Ásia-Pacífico durante a noite, após algumas perdas no início da semana.

Os preços do petróleo sobem, apagando parte das perdas da véspera, enquanto investidores avaliavam as perspectivas de um fim da guerra na Ucrânia após as negociações de alto nível entre os EUA e a Rússia, e os ataques às instalações energéticas de Moscou continuavam. O presidente russo Vladimir Putin reiterou as ameaças contra a Europa e afirmou que a Rússia está “pronta” para uma guerra com o continente.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com ligeira queda, com sinais de demanda mais fraca, enquanto os investidores aguardavam as próximas reuniões econômicas de Pequim em busca de orientações sobre metas de crescimento potencialmente favoráveis.

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(Com Reuters)