Ibovespa Futuro cai na contramão do exterior com IOF e dados no radar

Justiça dos EUA derruba tarifas globais impostas por Trump

Felipe Moreira

Ativos mencionados na matéria

Painel na B3, em São Paulo, Brasil, em 17 de dezembro (Bloomberg)
Painel na B3, em São Paulo, Brasil, em 17 de dezembro (Bloomberg)

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O Ibovespa Futuro operava com baixa nos primeiros negócios desta quinta-feira (29), contrariando o movimento de alívio nos mercados internacionais após a decisão de um tribunal de comércio dos Estados Unidos de bloquear a maior parte das tarifas do presidente Donald Trump. Às 9h05 (horário de Brasília), o índice com vencimento em junho registrava baixa de 0,20%, aos 140.005 pontos.

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Por aqui, investidores devem ficar de olho em desdobramentos sobre mudanças no IOF e em dados. O dia será carregado de dados econômicos, com as divulgações pela manhã do relatório de política monetária do Banco Central para abril e da taxa de desemprego nos três meses até abril. À tarde o Tesouro Nacional ainda divulga resultado do governo central de abril.

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Na quarta-feira, o Ministério da Fazenda informou à Reuters que o governo federal vai resgatar R$ 1,4 bilhão de fundos garantidores que possuem recursos da União para compensar a perda de arrecadação gerada neste ano com o recuo de parte das medidas do IOF.

A Corte de Comércio Internacional considerou que o presidente excedeu sua autoridade ao impor taxas gerais sobre as importações de parceiros comerciais do país.

A Casa Branca rapidamente apelou da decisão, e pode levar a questão à Suprema Corte se necessário. Mas no meio tempo, a situação cria expectativas de que Trump pode recuar das tarifas elevadas que ameaçou, ainda que as incertezas permaneçam.

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Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava em alta de 0,37%, enquanto o S&P 500 subia 0,87% e o Nasdaq Futuro avançava 1,29%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista subia 0,13%, cotado a R$ 5,701 na compra e R$ 5,702 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,04%, aos 5.694 pontos.

Os índices acionários da China e de Hong Kong avançaram nesta quinta-feira, com a melhora da confiança depois que um tribunal comercial dos Estados Unidos bloqueou as tarifas abrangentes do presidente Donald Trump, que têm pesado sobre o comércio global e agitado os mercados. As ações chinesas interromperam uma sequência de cinco dias de perdas, uma vez que o apetite por risco melhorou de forma acentuada após a decisão do tribunal.

Os preços do petróleo sobem após um tribunal dos EUA bloquear a entrada em vigor das tarifas impostas por Trump, enquanto o mercado acompanha possíveis novas sanções americanas contra o petróleo russo e aguarda uma decisão da OPEP+ sobre um possível aumento da produção em julho.

As cotações do minério de ferro na China sobem após tribunal dos EUA suspender tarifas de Trump.

(Com Reuters e Bloomberg)