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Ibovespa Futuro cai em meio a incertezas sobre teto da dívida dos EUA e expectativa por votação do marco fiscal

Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulga boletim macrofiscal às 15h30, com atualizações de projeções econômicas para 2024

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (23), com expectativas em torno da votação do novo projeto de arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, enquanto impasse sobre teto da dívida dos Estados Unidos continua.

Segundo o deputado Claudio Cajado (PP-BA), uma reunião de líderes partidários ocorrerá nesta terça-feira na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para definir a data de votação do texto.

Além disso, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulga boletim macrofiscal às 15h30, com atualizações de projeções econômicas para 2024. A equipe econômica elevou na segunda-feira sua projeção de déficit primário em 2023 para R$ 136,2 bilhões, de R$ 107,6 bilhões previsto em março.

Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em junho operava com queda de 0,30%, a 110.905 pontos.

Nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York operam com baixa, véspera da ata do Fed, repercutindo a falta de um acordo sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.

McCarthy e Biden se encontraram na Casa Branca na noite de ontem, em uma discussão que o presidente da Câmara descreveu como “produtiva” e “profissional”.

Os investidores estão de olho nas negociações de limite de dívida em Washington, esperando por mais certezas à medida que 1º de junho se aproxima, a data mais próxima em que os EUA poderiam entrar em default.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,24%, S&P Futuro tinha queda de 0,26% e Nasdaq Futuro operava com baixa de 0,28%.

Dólar

O dólar comercial operava com alta de 0,22%, cotado a R$ 4,981 na compra e R$ 4,982 na venda. Já o dólar futuro para junho subia 0,24%, equivalente a R$ 4,988.

No mercado de juros, os contratos futuros sobem novamente em bloco. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com alta de 0,01 ponto percentual (pp), a 13,30%; DIF25, +0,02pp, a 11,78%; DIF26, +0,02 pp, a 11,30%; DIF27, +0,04 pp, a 11,36%; DIF28, +0,04 pp, a 11,50%; DIF29 +0,03 pp, a 11,68%.

Exterior

Os mercados europeus operam majoritariamente em baixa, com investidores locais também repercutindo o impasse do teto da dívida americana.

A produção empresarial da zona do euro manteve um crescimento sólido em maio pelo quinto mês consecutivo, embora a um ritmo mais lento, de acordo com o S&P Global e o Índice Composto de Gerentes de Compras (PMI) do Hamburg Commercial Bank.

A pesquisa mostrou um declínio para 53,3 em maio ante 54,1 de abril.

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês), Andrew Bailey, disse nesta terça-feira (23) que a inflação atual do Reino Unido está mais alta do que se esperava, mas que já “superou sua pior fase”.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria, com exceção da Bolsa da Coreia do Sul, à medida que investidores digerem dados da região e aguardam uma definição em torno do teto da dívida dos Estados Unidos.

Uma pesquisa privada divulgada nesta terça-feira mostrou que a atividade industrial do Japão expandiu em maio pela primeira vez desde outubro de 2022, enquanto a inflação de abril em Cingapura atingiu 5,7% em abril, superando as expectativas de 5,5% em uma pesquisa da Reuters.

Já o sentimento do consumidor da Coreia do Sul subiu em maio para seu nível mais alto em um ano. Dados do Banco da Coreia mostraram uma leitura de 98, em comparação com 95,1 do mês anterior.

Os preços do petróleo sobem, com oferta apertada compensando preocupações sobre o teto da dívida dos EUA.

As cotações do minério de ferro na China voltaram a recuar forte na sessão desta terça-feira, com o aumento do pessimismo sobre as perspectivas de demanda na China, maior produtora mundial de aço.