Ibovespa Futuro cai com notícias de relutância dos chineses para acordo comercial

Cenário externo volta ao foco com guerra comercial e discurso de Powell, enquanto reforma da Previdência fica parada por disputas no Congresso

Ricardo Bomfim

Home brokers com gráficos de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta segunda-feira (7) e continua o movimento negativo da semana passada, quando o índice à vista recuou 2,5%. Hoje, o que pesa nos mercados é a notícia da Bloomberg de que as autoridades chinesas estão hesitantes em aceitar um acordo comercial com os Estados Unidos.

Às 9h29 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro caía 0,23% a 102.235 pontos, enquanto o dólar futuro para novembro sobe 0,16% a R$ 4,070.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 fica estável a 4,85% e o DI para janeiro de 2023 tem queda de um ponto-base a 5,95%.

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Além da guerra comercial, que fica no foco em vista da visita do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, aos EUA, os investidores também monitoram mais uma fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que fará discurso às 14h.

Na sexta, Powell disse que a economia americana está em um bom ritmo apesar dos percalços e o Fed tem o dever de manter a situação assim, agindo quando necessário e de maneira apropriada. As bolsas internacionais subiram com o tom das falas.

Por aqui, o mercado acompanha ansiosamente as negociações para destravar a tramitação da reforma da Previdência, que está prevista para ser votada em segundo turno no plenário do Senado no dia 22 deste mês.

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O que fica no caminho é a briga entre senadores e deputados a respeito da divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal em novembro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encontrou-se em domingo com o presidente Jair Bolsonaro para tratar do tema.

A sugestão do governo, de fazer a partilha com 10% dos R$ 106,5 bilhões em emendas parlamentares, mais 10% para estados, outros 10% para municípios e 3% adicionais a estados produtores de petróleo não agradou. Maia, junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), propôs 15% aos estados e 15% aos municípios.

Relatório Focus

O mercado financeiro manteve as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2019 em 0,87%, mostrou o Relatório Focus do Banco Central. Para 2020, as previsões também foram mantidas em 2%.

Com relação à inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), houve uma leve revisão para baixo de 3,43% para 3,42% em 2019. Foi cortada também em 2020 de 3,79% para 3,78%.

A projeção do câmbio no final do ano ficou estável em R$ 4,00, mas subiu de R$ 3,91 para R$ 3,95 para 2020.

Por fim, com relação à taxa básica de juros brasileira, a Selic, houve manutenção das expectativas em 4,75% para 2019 e 5% para 2020.

O Focus compila as estimativas de diversos bancos, casas de análise, consultorias e corretoras de valores para os principais indicadores macroeconômicos do País. A tabela com os principais dados é obtida a partir do cálculo da mediana dessas expectativas.

Noticiário Corporativo

A Folha traz que o governo enterrou de vez os plano de injetar R$ 3,5 bilhões na Eletrobras para tornar a estatal mais atraente para os investidores privados. Além disso, irá adotar uma estratégia de corpo a corpo com parlamentares para angaria apoio ao projeto de lei que abrirá caminho à privatização da empresa.

A Caixa vislumbra para o início do próximo ano, possivelmente em fevereiro, para tentar executar o plano abertura de capital da Caixa Seguridade. A operação seria nos moldes da realizada pelo BB Seguridade, diz a Coluna do Broadcast. Já o Globo informa que o governo quer quebrar o monopólio da Caixa como operadora do FGTS e dar esse direito a outros bancos. Assim instituição privadas poderiam financiar com esse recursos habitação, saneamento e infraestrutura.

A Petrobras, informou que a Comisión Nacional de Valores (CNV), órgão regulador do mercado de capitais argentino, autorizou a retirada de suas ações do regime de oferta pública, dispensando a companhia de promover uma oferta pública de aquisição de ações. A saída da petroleira da bolsa argentina ocorrerá em 04 de novembro.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.