Ibovespa Futuro cai com atenção a resultados de blue chips e dados de emprego nos EUA

Petrobras e Bradesco devem chamar a atenção do mercado, além de payroll

Felipe Moreira

(Getty Images)

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (4), à medida que investidores digerem balanços de grandes empresas divulgados ontem após o fechamento de mercado, enquanto aguardam pelo relatório de empregos (payroll) nos EUA.

A Petrobras (PETR4;PETR4) lucrou R$ 28,782 bilhões de forma líquida no segundo trimestre de 2023%, acima do consenso da Refinitiv, que previa um lucro de R$ 27,3 bilhões, enquanto o Bradesco (BBDC4) registrou lucro recorrente de R$ 4,5 bilhões, uma queda de 35,8% na comparação anual, mas acima dos R$ 3,596 bilhões esperado pelo consenso Refinitiv.

Ambas as companhias, entre outras, realizam teleconferências nesta sexta sobre os números do segundo trimestre deste ano.

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Às 9h13 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com queda de 0,52%, a 120.085 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operavam com desempenhos mistos, com investidores repercutindo os resultados da Amazon acima do esperado, enquanto aguardam pelo relatório de emprego (payroll) de julho.

O movimento para ambos os mercados prosseguiu após a divulgação dos dados do payroll um pouco abaixo do esperado, com a criação de 187 mil vagas.

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O consenso Refinitiv, com a média das projeções do mercado, apontava para a criação de 200 mil empregos formais no mês passado e que a taxa de desemprego, mais uma vez, tenha se mantido em 3,6%.

Agentes do mercado esperam que o crescimento lento nos salários por hora possa sinalizar ao Federal Reserve que os aumentos anteriores das taxas de juros tiveram os efeitos pretendidos na economia.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,08%, S&P Futuro tinha alta 0,03% e Nasdaq Futuro operava com ganho de 0,05%.

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Dólar

O dólar comercial opera com alta de 0,32%, cotado a R$ 4,914 na compra e R$ 4,915 na venda, após subir quase 2% na véspera, repercutindo o início do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil. Já o dólar futuro para setembro caía 0,20%, equivalente a R$ 4,934.

No mercado de juros, os contratos futuros operam em alta, com exceção da ponta mais curta. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,47%; DIF25, +0,01 pp, a 10,51%; DIF26, +0,03 pp, a 10,01%; DIF27, +0,01 pp, a 10,15%; DIF28, +0,01 pp, a 10,43%; DIF29 +0,01 pp, a 10,62%.

Exterior

Os mercados europeus operam com alta nesta sexta-feira, com os investidores digerindo o aumento das taxas do Banco da Inglaterra na quinta-feira e mais resultados corporativos.

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O Banco da Inglaterra elevou sua principal taxa de juros em 25 pontos-base, para 5,25%, a maior alta em 15 anos, enquanto os formuladores de políticas tentam combater a inflação persistente.

Os investidores também estão atentos a uma série de resultados de bancos europeus.

Ásia e Pacífico

Os mercados asiáticos fecharam no território positivo, com exceção do Kospi, da Coreia do Sul, com o aumento dos rendimentos dos títulos americanos continuando a pressionar as ações após o rebaixamento do crédito dos EUA.

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Na frente de dados, as vendas no varejo de Cingapura subiram 1,1% em relação ao ano anterior em junho, marcando o quarto mês consecutivo de desaceleração do crescimento.

O Nikkei, do Japão, subiu 0,1% e terminou o dia em 32.192,75, enquanto o Kospi da Coreia do Sul fechou em baixa de 0,1%, estendendo sua seqüência de derrotas para três dias,

O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,55% em sua última hora, enquanto o Shanghai Composite, da China subiu 0,23%.

Na Austrália, o Reserve Bank of Australia cortou a perspectiva de crescimento para o país em 2023, mas disse que a inflação está “caminhando na direção certa”. O S&P/ASX 200 subiu 0,19% e fechou em 7.325,3 pontos.

Os preços do petróleo operam com alta e caminham sexta alta semanal, depois que a Arábia Saudita e a Rússia, segundo e terceiro maiores produtores de petróleo do mundo, prometeram reduzir a produção até o mês que vem.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho devido a novas preocupações com as restrições à produção de aço da China e as perspectivas de recuperação do setor imobiliário local em dificuldades.