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O Ibovespa Futuro operam em baixa nesta terça-feira (10), em um dia movimentado no noticiário econômico. Os investidores esperam pelas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, após duas outras autoridades do Banco Central americano manifestarem preocupação com a trajetória de aumento dos juros.
Na agenda local de indicadores, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,62% em dezembro e fechou 2022 em 5,79%, acima do consenso Refinitiv, que previa alta de 0,44% na comparação com novembro e de 5,60% na base anual.
As incertezas sobre os planos econômicos do novo governo também seguem no radar dos investidores após ataques antidemocráticos aos Três Poderes no domingo.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), planeja manter o cronograma original e anunciar as primeiras medidas econômicas ainda nesta semana, apesar do impacto político dos atos golpistas que resultaram na depredação das sedes dos três Poderes, em Brasília.
Ainda no cenário político, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (9) a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O texto deverá ser votado pelos senadores às 11h (horário de Brasília).
Ibovespa hoje: confira o movimento da Bolsa Ao Vivo
Às 9h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com baixa de 0,43%, aos 109.730 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros operam em baixa, com investidores repercutindo a expectativa de juros mais altos, depois dos comentários dos dirigentes do Fed, Mary Daly e Raphael Bostic, na véspera. Ambos esperam que o banco central americano eleve as taxas de juros para algo acima de 5% e que seja mantida por um longo tempo.
Investidores aguardam hoje pelos dados do comércio no atacado e acompanharão de perto o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em uma conferência na Suécia. O discurso pode consolidar as apostas de uma alta de juros menor na próxima reunião da autoridade monetária.
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Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,35%, S&P Futuro caía 0,27% e Nasdaq Futuro tinha queda de 0,29%.
Dólar
O dólar comercial operava com alta de 0,30%, cotado a R$ 5,272 na compra e 5,273 na venda, ampliando os ganhos modestos da véspera, devido a reação forte das instituições nacionais aos atos de vandalismo no DF, o que ajudou a limitar os ganhos da moeda americana. Já o dólar futuro para janeiro tinha alta de 0,26%, a R$ 5,294.
No mercado de juros, os contratos futuros sobem forte após tombo da sessão anterior e repercutindo inflação de dezembro acima do previsto. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com alta de 0,11 ponto percentual (pp), a 13,69%; DIF25, +0,12 pp, a 12,90%; DIF26, +0,08 pp, a 12,78%; DIF27, +0,07 pp, a 12,78%; DIF28, +0,06 pp, a 12,80%; e DIF29, +0,06 pp, a 12,85%.
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Europa
Em dia de agenda de indicadores locais esvaziada, os mercados europeus recuam à medida que os investidores se preparam para mais dados de inflação no final desta semana, com os dados de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA de dezembro previstos para quinta-feira.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida no pregão de hoje, após um rali de Wall Street perder força quando autoridades do Fed sinalizaram que a instituição provavelmente elevará os juros acima de 5% para controlar a inflação.
As cotações do minério de ferro na China sobem com a rápida reabertura das fronteiras pelo governo chinês após rígidas restrições ao Covid.
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Os preços do petróleo operam perto da estabilidade após recuarem mais cedo na sessão de hoje, com expectativas de que novos aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos irão desacelerar o crescimento econômico e limitar a demanda pela commodity.
Dois membros do BC dos EUA afirmaram que esperam que a taxa de juros do Fed – agora em 4,25% a 4,5% – precisa subir para uma faixa de 5% a 5,25% para controlar as taxas de inflação mais altas.