Ibovespa futuro avança, na contramão da maioria das bolsas internacionais; balanços e prévia do PIB em destaque

Índice brasileiro avança no pré-mercado, com impulso de resultado trimestral do Itaú e IBC-Br

Vitor Azevedo

(Getty Images)

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O Ibovespa futuro opera em alta no início do pregão desta sexta-feira (11), descolado da movimentação internacional. Em todo o mundo, a tendência é de queda, com as principais bolsas repercutindo ainda a inflação americana de janeiro mais alta do que o esperado, mas aqui o contrato com vencimento em fevereiro sobe 0,28% às 9h20 (horário de Brasília), aos 113.820 pontos.

Nos Estados Unidos, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq caem, respectivamente, 0,30%, 0,36% e 0,47%. O rendimento dos títulos, que apontam possíveis altas do juros pelo Federal Reserve, recuam no pré-mercado, mas continuam em patamares elevado. A taxa do treasuries com vencimento em dez, por exemplo, anos está em 2,001%.

“A persistência da pressão inflacionária tem reforçado avaliações de que o Federal Reserve conduzirá a política monetária de forma mais agressiva em 2022. Neste sentido, o Presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, afirmou ontem ser favorável a aumentos de juros cumulativos de 1 ponto percentual até o início de julho”, explica a XP Investimentos, em seu morning call.

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Na Europa, os principais índices também caem. O DAX, da Alemanha, recua 0,44%. O FTSE, do Reino Unido, cai 0,78%. O CAC 40, da França, e o FTSE MIB, da Itália, são destaques entre as quedas, com baixas de, na sequência, 1,21% e 1,35%. O STOXX 600, de todo o continente, retrocede 0,91%.

Com a alta da curva de juros americanos, os títulos de governos europeus acabam também por serem impactados. Na Alemanha, os bonds com vencimento em dois anos têm leve recuo pela manhã, mas ainda se encontram nos maiores patamares desde 2015, negativos em 0,342%.

Na Ásia, o mesmo padrão de alta da curva de juros e baixa das bolsas. O índice de Shangai, da China, fechou em  queda de 0,66%. O HSI, de Hong Kong, caiu 0,07%. O Kospi, da Coréia do Sul, teve baixa de 0,87%. A bolsa do Japão ficou fechada por conta do feriado da Fundação Nacional.

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Influencia ainda as curvas de juros mundo afora a nova alta do petróleo – o barril Brent para abril sobe 1,04%, para US$ 92,35, com o aumento, novamente, das tensões na fronteira da Ucrânia.

“Rússia e Belarus iniciaram exercícios militares conjuntos. O momento foi descrito pelo primeiro ministro britânico como um dos mais perigosos da crise por reduzir significativamente o tempo de alerta em caso de invasão”, comenta a XP.

No cenário interno, IBC-Br e Itaú no radar

Além da influência externa, o Ibovespa futuro tem, nesta sexta, impactos provindos do próprio cenário nacional.

É destaque o balanço do Itaú (ITUB4), que traz maior clima de otimismo para o setor financeiro nacional – que tem peso importante no Ibovespa. Os ADRs do banco avançam mais de 5% no pré-mercado de Nova York após seu lucro avançar 32% no ano, chegando a R$ 7,15 bilhões, e superar o consenso do mercado. O banco viu também sua inadimplência acima de 90 dias recuar 10 pontos-base na base trimestral.

Além disso, em dezembro, IBC-Br, considerado “a prévia do produto interno bruto (PIB)”, veio aquém do consenso, com alta de 033%, ante 0,50% projetados. Apesar de mostrar que a economia está se recuperando de forma mais lenta do que o esperado, e desacelerando, o índice da espaço para interpretações de que a inflação no país também pode diminuir.

A curva de juros brasileira tem maior tendência de queda, a despeito da alta internacional. Na ponta curta, rendimento do DI com vencimento em janeiro de 2022 cai dois pontos-base, para 12,33%. Na ponta longa, os DIs para 2027 e 2029 recuam, respectivamente, cinco e seis pontos, para 11,24% e 11,42%. No meio, o DI para janeiro de 2025 avança um ponto, para 11,29%.

O dólar futuro recua 0,70%, a R$ 5,229. O dólar comercial cai 0,50%, a R$ 5,215 na compra e a R$ 5,216 na venda.

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