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Ibovespa Futuro apaga parte das perdas da véspera e opera em alta com atenção a novas medidas do governo

Arrecadação tributária federal e desoneração da folha são alguns dos temas de maior destaque nesta terça-feira

Felipe Moreira

Home brokers com gráficos de ações (Crédito: Shutterstock)
Home brokers com gráficos de ações (Crédito: Shutterstock)

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Depois do índice à vista cair 0,81% na véspera, o Ibovespa Futuro abriu com alta nesta terça-feira (23), à medida que novas medidas do governo seguem no radar dos investidores. O anúncio de regime tributário para incentivo à modernização da estrutura portuária (Reporto) está previsto para às 15h (horário de Brasília) desta terça-feira.

Na sessão anterior, o mercado avaliou como um fator de risco o plano de desenvolvimento do governo para a indústria brasileira, com previsão de R$ 300 bilhões em em linhas de crédito, subsídios a empresas e exigências de conteúdo local nos produtos.

Em indicadores, destaque para a divulgação da arrecadação tributária federal de dezembro. Além disso, as discussões entre o Executivo e o Congresso sobre a desoneração da folha seguirão em aberto durante a semana.

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Às 9h16, o índice futuro com vencimento em fevereiro operava com alta de 0,58%, aos 127.980 pontos.

Em Wall Street, índices futuros dos EUA operavam mistos após o Dow Jones ultrapassar pela primeira vez a marca de 38 mil pontos na véspera. A temporada de resultados corporativos continua esta semana. Nesta terça-feira, Johnson & Johnson , Procter & Gamble e Lockheed Martin estão previstos para reportar antes da abertura. Netflix divulgará os resultados após o fechamento.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,22%, S&P Futuro avançava 0,01% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,08%.

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Dólar e mercado externo

O dólar comercial operava com alta de 0,23%, cotado a R$ 4,999 na compra e R$ 5,000 na venda, ampliando os ganhos da véspera, quando o plano de desenvolvimento do governo Lula para a indústria brasileira foi visto pelo mercado como um fator de risco para o equilíbrio fiscal. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,15%, indo aos 5.003 pontos. Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com alta de 0,11%, a 103,44 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam majoritariamente em alta. O DIF25 0,00 pp, a 10,07%; DIF26, +0,02 pp, a 9,80%; a DIF27, +0,02 pp, a 9,98%; DIF28, +0,02 pp, a 10,24%; DIF29 +0,02 pp, a 10,41%.

Os preços do petróleo operam no vermelho à medida que preocupações econômicas eclipsam tensões geopolíticas no Oriente Médiao e as preocupações com a oferta após um ataque a um terminal de exportação de combustível russo no fim de semana.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta à medida que a confiança dos investidores foi impulsionada depois que os legisladores do principal consumidor da China se comprometeram a estabilizar seu mercado. O minério de ferro de referência SZZFG4 de fevereiro na Bolsa de Cingapura subia 2,01%, a US$ 131,55 a tonelada.

Os mercados da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, após relatos de que a China está preparando um grande pacote para ajudar seus mercados de ações, que acumularam fortes perdas em pregões recentes. A exceção foi o índice acionário de Tóquio, que caiu marginalmente após o Banco do Japão (BoJ) mais uma vez deixar sua política monetária inalterada.

Já os mercados europeus operam em modesta baixa na manhã desta terça-feira, revertendo ganhos da abertura, em um pregão sem direção clara à medida que o foco continua sendo a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que só será conhecida em dois dias.