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Ibovespa Futuro acompanha otimismo externo e opera com alta; votação da reforma tributária está no radar

Produção industrial dos EUA e mudanças nos subsídios de ICMS no Brasil em destaque

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Depois do índice a vista renovar a máxima histórica na véspera, o Ibovespa Futuro abriu com alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (15), acompanhando o otimismo externo, enquanto as expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos seguem pautando o cenário internacional.

No Brasil, a pauta econômica no Congresso deve ficar no radar dos investidores, com destaque para a reforma tributária. Um acordo do governo com o Congresso deve assegurar a apreciação do restante da pauta econômica até a semana que vem, em troca da derrubada de um veto do arcabouço fiscal que limita o pagamento das emendas orçamentárias de comissão, disseram à Reuters duas fontes governistas.

Diante disso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a reforma tributária deverá ser votada nesta sexta-feira na Casa.

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Após o Congresso derrubar o veto à renovação da desoneração da folha de 17 setores da economia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai questionar a decisão na Justiça. Mas também que irá propor uma solução alternativa para evitar prejuízos a empresas, em iniciativa que será acompanhada de ação compensatória para evitar perda orçamentária.

Por outro lado, ele celebrou a aprovação por Comissão mista do Congresso Nacional da medida provisória que regulamenta subvenções, estimando que deve ser mantida a previsão de 35 bilhões de reais em ganhos com a nova norma no ano que vem.

Às 9h16, o índice futuro com vencimento em fevereiro de 2024 operava com ganho de 0,27%, aos 133.255 pontos.

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Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta, depois que o Dow Jones atingiu um novo recorde, rumo à sua melhor sequência de vitórias semanais desde 2019.

As ações subiram esta semana depois que o Fed apontou na quarta-feira que seus esforços para conter a inflação estão se consolidando e indicou que três cortes nas taxas de juros ocorrerão em 2024, estimulando o otimismo dos investidores.

Os dados de vendas no varejo de novembro, que foram mais fortes do que o esperado na quinta-feira, após as leituras de inflação mais fracas desta semana, somaram-se às esperanças de que o BC americana possa navegar por uma aterrissagem suave da economia.

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Já os rendimentos do Tesouro despencaram esta semana. O rendimento do Tesouro de 10 anos caiu para menos de 4%, apesar de ter atingido 5% em outubro.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,28%, S&P Futuro avançava 0,26% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,32%.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com alta de 0,19%, cotado a R$ 4,923 na compra e R$ 4,924 na venda.

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O dólar futuro (DOLF24) para janeiro subia 0,22%, indo aos 4,928 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com alta de 0,05%, a 102,01 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam com baixa, um dia depois do Copom reduzir os juros novamente. O DIF24 opera com baixa de 0,03 pp, a 11,65%; DIF27, -0,03 pp, a 9,67%; DIF29, -0,03 pp, a 10,16%; DIF31 -0,03 pp, a 10,45%.

Exterior

Os mercados europeus operam no terreno positivo e caminham para encerrar a semana no azul após várias de decisões política monetária dos principais bancos centrais.

Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu mantiveram suas as respectivas taxas de juros inalteradas, mas os primeiros reagiram contra as expectativas do mercado, mantendo a sua orientação agressiva de que a política monetária provavelmente precisará ser restritiva por um longo período de tempo.

Paralelamente à sua decisão, o BCE revisou suas previsões de crescimento e inflação para a área do euro e anunciou planos para acelerar a redução do seu balanço.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com ganhos em sua maioria, liderados por Hong Kong, enquanto Wall Street continuava a subir depois que o Fed manteve as taxas e traçou um roteiro para cortes em 2024.

A China divulgou dados de novembro sobre o crescimento da produção industrial, vendas no varejo, preços de imóveis e investimento urbano. Mais notavelmente, registrou em novembro a maior expansão da produção industrial desde fevereiro de 2022, embora o crescimento das vendas no varejo tenha ficado abaixo das expectativas.

A produção industrial cresceu 6,6% em novembro em relação ao ano anterior, superando as expectativas de 5,6% em uma pesquisa da Reuters.

As vendas no varejo aumentaram 10,1% em novembro em relação ao ano anterior, o ritmo de crescimento mais rápido desde maio. Os analistas esperavam um aumento de 12,5% após uma base baixa em 2022. As vendas no varejo aumentaram 7,6% em outubro.

Commodities 

Os preços do petróleo operam com alta e caminham para atingir seu primeiro aumento semanal em dois meses, depois de se beneficiarem de uma previsão otimista da Agência Internacional de Energia sobre a demanda por petróleo para o próximo ano e de um dólar mais fraco.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa nesta sexta-feira, à medida que diminuíam a demanda e a expectativa de falta de estímulo vigoroso em 2024 no principal consumidor, a China, pesaram sobre o sentimento.

O minério de ferro de referência para janeiro SZZFF4 na Bolsa de Cingapura tem um dia pouco movimentado e opera a US$ 134 a tonelada.