Conteúdo editorial apoiado por
IM Trader

Ibovespa Futuro segue com expressiva alta após payroll nos EUA e repercutindo avanço das commodities

Mercados aguardam por dados do mercado de trabalho americano para obter mais pistas sobre a saúde da economia e a provável trajetória da política monetária

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

Publicidade

O Ibovespa Futuro opera em alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (4), em linha com pré-mercado dos Estados Unidos e bolsas da Europa, após o índice a vista fechar em leve baixa na véspera, reverberando a alta nas taxas de juros americanas e o discurso mais hawkish – duro – do presidente do Federal Reserve.

O destaque ficou ainda para o payroll, o chamado relatório de emprego dos EUA. Às 9h16 (horário de Brasília), o contrato para dezembro tinha alta de 1,60%, aos 120.340 pontos sendo que, minutos depois após a divulgação dos dados, às 9h34, o índice diminuiu levemente os ganhos, mas ainda em forte alta, de 1,38%, a 120.080 pontos. Os Estados Unidos criaram 261 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em outubro, acima do esperado, e a taxa de desemprego subiu para 3,7%.

Em Wall Street, os índices futuros operam em alta, reduzindo as perdas acumuladas em quatro pregões negativos nesta semana.

Continua depois da publicidade

Acompanhe os destaques do mercado ao vivo

Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,43%, S&P Futuro avançava 0,60% e Nasdaq Futuro tinha alta de 0,56%, com leve desaceleração em relação às máximas registradas mais cedo.

No câmbio, a moeda americana volta a cair perante ao real, com forte fluxo de capital externo entrando no país. O dólar comercial operava com baixa de 0,80%, cotado a R$ 5,084 na compra e R$ 5,085 na venda. Já o dólar futuro para dezembro tinha queda de 0,44%, a R$ 5,121.

Publicidade

Em relação a curva de juros, os contratos futuros operam sem uma tendência definida. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável, a 13,67%; DIF25, tem baixa de -0,01 pp, a 11,78%; DIF27, -0,02 pp, a 11,50%; e DIF29, opera estável, a 11,62%.

No cenário local, o processo de transição do governo se iniciou ontem (3). Depois de uma reunião dos representantes do governo eleito e o relator do orçamento de 2023, houve a indicação de que será necessário aprovar uma PEC com a liberação de novos gastos além do teto para o próximo ano, especialmente para manter o pagamento do auxílio-brasil e para abrir espaço para outras promessas feitas durante a campanha.

No campo corporativo, investidores repercutem uma enxurrada de balanços publicados na noite de ontem, com destaque para os resultados acima do previsto da Petrobras (PETR4), mas com as incertezas sobre o rumo da companhia após as eleições gerando maior cautela no mercado sobre a empresa.

Continua depois da publicidade

Atenção ainda para a alta do petróleo brent de cerca de 3% e do minério de ferro negociado em Dalian, com alta de cerca de 5%. O movimento ocorre com as notícias de que a China está trabalhando em um plano para encerrar um sistema que proibia a entrada de voos com passageiros infectados com o vírus da Covid-19, conforme informou a Bloomberg News nesta sexta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto. No entanto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse nesta sexta-feira que não estava ciente da reportagem.

Exterior

Os mercados europeus operam em alta, com os mercados encerrando uma semana de grande decisões de política monetária e resultados corporativos.

Na véspera, o Banco da Inglaterra implementou um aumento de 75 pontos base nas taxas de juros, enquanto o Fed também continua com seu aperto monetário para conter a inflação crescente.

Publicidade

Em indicadores, investidores também repercutem dados do índice preços ao produto da zona do Euro. Por lá, os dados econômicos não foram muito positivos. As encomendas à indústria alemã tiveram baixa de 4% em setembro na base de comparação mensal, quando se previa queda de apenas 0,5%, enquanto o PMI composto da região em outubro caiu à mínima em 23 meses.

Ásia

A maioria dos mercados asiáticos fecharam em alta, com destaque para Hang Seng, de Hong Kong, que subiu mais de 5% puxado por ações de tecnologia e de consumo, em meio a rumores de reabertura da China e notícias de que as inspeções americanas em empresas chinesas foram concluídas mais rapidamente do que o esperado.

No câmbio, o yuan chinês offshore e o dólar australiano se fortaleceram em relação ao dólar, após especulações sobre a reabertura da economia da China.

Do lado das commodities, os preços do contrato de minério sobem pela quarta vez seguida na semana, com ganhos de quase 5% apenas nesta sessão, com novos rumores de reabertura da China, à medida que as políticas de zero Covid persistem, pesando sobre a economia.

As cotações do petróleo revertem tendência de queda registrada na abertura e operam em alta nesta sexta-feira, apagando as perdas da sessão anterior por temores de que as taxas de juros dos EUA subam mais do que o esperado antes das falas de Powell, do Fed.