O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (18), em mais uma sessão de aversão ao risco, após o índice a vista renovar na véspera a sequência negativa recorde de 13 pregões seguidos de baixa, sem saber o que é subir em agosto.
Hoje o movimento baixista é impulsionado pela cautela externa, à medida que investidores avaliam o futuro da política monetária global e novas preocupações sobre o setor imobiliário da China.
A China Evergrande Group, segunda maior empresa imobiliária da China em vendas, entrou com o conhecido “Chapter 15” em Nova York na quinta-feira, uma medida que protege seus ativos nos EUA dos credores.
A notícia vem em meio a temores de que os problemas no setor imobiliário da China possam se espalhar para outras partes da economia.
Na seara nacional, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, volta a falar a partir das 10h no Fórum Brasileiro de Inteligência Artificial, promovido pela Fundação Milton Campos, em São Paulo.
Também pela manhã acontece a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros.
Às 9h11 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com baixa de 0,19%, a 117.025 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros operam com queda e caminham para terminar a semana no vermelho, com investidores ainda digerindo a ata do Fed divulgada na quarta-feira, que mostrou que a autoridade monetária continua preocupada com a inflação e que mais aumentos de juros podem ser necessários.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,44%, S&P Futuro tinha baixa 0,53% e Nasdaq Futuro operava com queda de 0,82%.
Dólar
O dólar comercial opera com alta de 0,01%, cotado a R$ 4,981 na compra e R$ 4,982. Já o dólar futuro para setembro avançava 0,11%, equivalente a R$ 4,995.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa ao longo de toda a curva de juros após alta da véspera, que refletiu a aversão ao risco no mercado externo. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,43%; DIF25, -0,03 pp, a 10,52%; DIF26, -0,03 pp, a 10,10%; DIF27, -0,02 pp, a 10,30%; DIF28, -0,03 pp, a 10,60%; DIF29 -0,02 pp, a 10,82%.
Europa
Os mercados europeus operam no território negativo, acompanhando a cautela global, com investidores o futuro da política monetária, novas preocupações sobre o setor imobiliário da China e dados econômicos da região.
As vendas no varejo do Reino Unido caíram 1,2% mês a mês em julho e 3,2% na base anual. O número ficou bem abaixo da previsão de um declínio de 0,5% entre os economistas consultados pela Reuters e abaixo da expansão mensal de 0,6% em junho.
Na Zona do Euro, o índice de inflação ao consumidor do mês de julho subiu 5,50% na base anual, mas caiu 0,10% na base mensal, em linha com o consenso de mercado.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com baixa, com investidores digerindo dados de inflação do Japão em julho e um novo golpe no setor imobiliário chinês.
O núcleo da inflação do Japão em julho caiu para 3,1% em relação aos 3,3% de junho, em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters.
A taxa de inflação global, por sua vez, ficou em 3,3% no mês de julho, inalterada em relação ao valor de junho.
A gigante chinesa Evergrande entrou com pedido de proteção contra falência em um tribunal de falências dos Estados Unidos.
A empresa buscou proteção sob o Capítulo 15 do código de falências dos EUA, que protege contra os credores empresas não americanas que estão passando por uma reestruturação.
Já as ações da Adani Enterprises subiram 7,21% na sexta-feira, liderando os ganhos do índice Nifty 50 da Índia, depois que um relatório do Economic Times disse que a empresa estatal de energia dos Emirados Árabes Unidos Abu Dhabi National Energy – também conhecida como Taqa – está avaliando “uma grande exposição” no setor de energia indiano por Adani.
Os preços do petróleo operam com leves perdas e caminham para interromper uma sequência de sete semanas de ganhos, devido a preocupações com o crescimento da demanda na China à medida que sua economia desacelera e a possibilidade de taxas mais altas nos EUA.
As cotações do minério de ferro fecharam com forte alta e atingiram a sétima alta consecutiva. O movimento ainda repercute as expectativas de mais medidas de apoio do governo chinês ao setor.