Ibovespa Futuro acentua ganhos e dólar cai para R$ 4,07 após emprego nos EUA decepcionar

No Brasil, o destaque entre os indicadores ficou com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto mostrou avanço de 0,11% na inflação, número em linha com o esperado

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro acentuou os ganhos nesta sexta-feira (6) após os dados abaixo do esperado de emprego nos EUA, que diminuíram os riscos de um Federal Reserve mais “hawkish” na próxima reunião de política monetária. Vale destacar que, às 13h30, o chairman do Fed, Jerome Powell, faz pronunciamento, devendo dar mais sinais sobre o rumo do Fed. 

Assim, o índice continua o movimento otimista dos dois últimos pregões em meio às notícias de que o parlamento britânico não permitirá uma saída sem acordo da União Europeia. 

Às 09h08 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha alta de 0,75% a 103.350 pontos, enquanto o dólar futuro para setembro caía 0,97% a R$ 4,07350, acentuando a queda em relação à abertura. O dólar comercial cai 0,80%, a R$ 4,0748 na compra e R$ 4,076 na venda. 

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Entre os contratos de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 tinha leve queda de 2 pontos, a 5,37%, e o para janeiro de 2023 também tinha queda de 2 pontos, a 6,42%.

Os Estados Unidos criaram 130 mil novas vagas de emprego em agosto, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana das projeções dos economistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um acréscimo de 160 mil empregos. Em julho, a criação de empregos foi revisada de 164 mil para 159 mil.  Já a taxa de desemprego em agosto ficou em 3,7%, como esperado. 

No Brasil, o destaque entre os indicadores ficou com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto mostrou avanço de 0,11% na inflação, número em linha com o esperado pela mediana das expectativas compiladas no consenso Bloomberg. Em julho, o IPCA subiu 0,19%. 

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A variação acumulada no ano ficou em 2,54% e, nos últimos 12 meses, em 3,43%, acima dos 3,22% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Atenção ainda para a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, negando que o presidente Jair Bolsonaro tenha mudado de ideia sobre a revisão do teto de gastos. Após o sinal amarelo acender na equipe econômica, Bolsonaro usou o Twitter ontem pela manhã para indicar o recuo na decisão de rever o teto.

Já hoje à tarde, Guedes e o ministro da Produção e do Trabalho da Argentina, Dante Sica, irão reunir a imprensa para detalhar o novo acordo comercial entre os países direcionado ao setor automotivo.

Noticiário Corporativo

A Petrobras elevou o preço médio da gasolina nas refinarias em 1,33%, para R$ 1,701 por litro. O novo valor representa uma alta de R$ 0,02 por litro. O combustível permanecia sem alteração desde o último dia 28 de agosto. Desta vez, a estatal também elevou o preço do diesel, que estava estável desde o dia 1º de agosto. A alta foi de 2,5%, para o preço médio de R$ 2,159/litro. O novo valor representa alta de R$ 0,0525 por litro.

O Valor traz que a Vale e a BSGR, do magnata israelense Beny Steinmetz, vão se enfrentar em um tribunal de Londres por causa de uma indenização de US$ 1,25 bilhão. A BSGR foi condenada ao pagamento em abril por uma corte que a considerou culpada de falsidade ideológica, em um processo que envolveu propinas. A Vale tenta executar a decisão, que está relacionada a uma joint venture criada para explorar minério de ferro em Guiné, mas a BSGR recorreu à Justiça.

Já sobre a retomada da Samarco, joint venture entre Vale e BHP, prevista para 2020, há riscos de que isso não ocorra em meio a atrasos na liberação de uma licença ambiental e questionamentos sobre o financiamento. Segundo a Bloomberg, a Samarco esperava que essa liberação acontecesse em semanas, mas mais de três meses já se passaram.

O atraso é obstáculo também aos detentores de US$ 3,5 bilhões em dívidas que deixaram de ser pagas depois da quebra da barragem em Mariana (MG).

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.