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Ibovespa Futuro abre estável à espera de falas de Powell e Campos Neto

Expectativa sobre juros deixa investidores em compasso de espera

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera próximo da estabilidade nesta quarta-feira (3), com as atenções voltadas para falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, em meio a ajustes de expectativas acerca do ritmo de corte de juros nos EUA.

O presidente do BC, Campos Neto, concederá palestra em evento promovido pelo Bradesco BBI, em São Paulo, a partir das 10h.

Nos indicadores, os agentes do mercado digerem a produção industrial de fevereiro, com consenso LSEG projetando alta de 0,3% na base mensal e de 5,6% na base anual, além do PMI de serviços.

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Às 9h23 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com leve desvalorização de 0,03%, aos 127.720 pontos.

Ainda na seara nacional, a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de manter a desoneração da folha dos municípios, tomada na segunda-feira (1º), provocou ruídos no governo, que alegou não ter sido avisado da decisão de Pacheco.

Ibovespa Futuro reage a exterior

Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam com baixa, dando continuidade ao início de trimestre negativo, enquanto investidores aguardam por novos dados de emprego (pesquisa ADP) da maior economia do mundo e falas do presidente do Federal Reserve (Fed).

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Além de Powell, outros membros do banco central americano, incluindo as governadoras do Fed, Michelle Bowman e Adriana Kugler estão previstos para discursar. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, e o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, também falarão em eventos.

Na agenda americana, teremos os dados de PMI de março medidos pelo índice de serviços ISM e pelo S&P Global US PMI, além da criação de empregos ADP para o mesmo mês.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,02%, S&P Futuro recuava 0,05% e Nasdaq Futuro operava com queda de 0,11%.

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Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com alta de 0,23%, cotado a R$ 5,070 na compra e na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,05%, indo aos 5.085 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros recuam em bloco nesta quarta-feira. O DIF25 opera baixa de 0,01pp, a 9,93%; DIF26, -0,04 pp, a 9,94%; a DIF27, -0,03 pp, a 10,24%; DIF28, -0,03 pp, a 10,56%; DIF29 -0,01 pp, a 10,80%.

Os preços do petróleo operam em alta, uma vez que uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA e a escalada das tensões geopolíticas aumentaram as preocupações dos investidores sobre a oferta mais restrita.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, mas ainda são negociados em alta semanal, à medida que os traders equilibram a fraca demanda e as esperanças de um melhor consumo futuro. A crise imobiliária da China reduziu a procura de produtos siderúrgicos, que são fortemente utilizados na construção civil. O minério de ferro de referência para maio (SZZFK4) na Bolsa de Cingapura caiu 1,9%, para US$ 99,65 por tonelada.

Os mercados asiáticos fecharam com baixa nesta quarta-feira, seguindo o comportamento de Wall Street, que teve ontem seu pior desempenho diário em semanas em meio a preocupações com a trajetória dos juros básicos nos EUA. Com a falta de apetite por risco, pesquisa da S&P Global/Caixin que mostrou o PMI de serviços chinês avançando a 52,7 em março, como previsto, ficou em segundo plano.

Vale lembrar que os mercados chineses estarão fechados na quinta e sexta-feira devido a feriado.

Os mercados europeus operam com alta em sua maioria, com investidores repercutindo dados de inflação da região. A inflação nos 20 países da zona euro diminuiu para 2,4% em março, de acordo com números preliminares publicados na quarta-feira. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a taxa se mantivesse estável em relação ao mês anterior, em 2,6%.