Ibovespa fecha em queda de 1,7% com aumento nos casos de coronavírus em diversos países; dólar dispara 3%

Mercado termina com perdas diante da piora no noticiário sobre a pandemia

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em forte queda nesta quarta-feira (24) seguindo o desempenho das bolsas americanas, que caíram refletindo o aumento nos casos de coronavírus no país.

A Universidade Johns Hopkins mostrou que a média de sete dias de novas infecções pela Covid-19 disparou mais de 30% desde a semana passada. Na segunda-feira (22) os EUA tiveram 31 mil novos casos.

Também foram registrados novos surtos no Japão e na Alemanha. O temor é de que essa nova onda de infecções leve a uma recuperação mais fraca da economia global.

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Além disso, a notícia de que os EUA planejam impor tarifas a importações vindas da União Europeia e Reino Unido também contribui para o comportamento negativo dos mercados.

O Ibovespa teve queda de 1,66% a 94.377 pontos com volume financeiro negociado de R$ 25,678 bilhões.

Enquanto isso, o dólar comercial subiu 3,33% a R$ 5,3231 na compra e a R$ 5,3246 na venda. Já o dólar futuro para julho opera em alta de 3,43% a R$ 5,331 no after-market.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu três pontos-base a 3,05%, o DI para janeiro de 2023 fechou com ganhos de sete pontos-base a 4,20% e o DI para janeiro de 2025 avançou 10 pontos-base a 5,93%.

Também no radar, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisa projeção para a retração da economia brasileira para 9,1%, bem pior que a queda de 5,3% prevista em abril. Para 2021, a expectativa é de crescimento de 3,6%, ante os 2,9% esperados anteriormente.

Panorama político

Ainda em destaque, o Senado aprovou ontem adiamento para 15 e 29 de novembro, do primeiro e do segundo turnos, respectivamente, das eleições municipais deste ano, inicialmente previstas para outubro. O texto segue para apreciação da Câmara.

Já na noite de ontem, por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivaram  uma ação de investigação judicial eleitoral que pedia a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão, eleita em 2018, por outdoors irregulares.

Por unanimidade, os ministros consideraram que não há provas de participação dos pré-candidatos na iniciativa nem comprovação de que a ação desequilibrou a disputa eleitoral.

Noticiário corporativo

Iniciativas que envolvam meios de pagamento e digitalização dos serviços financeiros dominam o noticiário nesta quarta-feira.

O Banco Central e o o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspenderam, na noite de terça-feira, o uso do WhatsApp para transações em parcerias com instituições financeiras no Brasil.

O BC informou que quer avaliar eventuais riscos para o funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e que a liberação, sem a prévia análise desses impactos, poderia gerar danos em termos de competição, eficiência e privacidade de dados.

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
BTOW3 3.02033 106.42
MRFG3 2.72 12.84
KLBN11 2.654 20.5
SBSP3 2.35094 60.08
BEEF3 1.77743 13.17

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
CIEL3 -12.77778 4.71
GOLL4 -8.24121 18.26
AZUL4 -6.17778 21.11
USIM5 -5.20833 7.28
YDUQ3 -4.96626 35.21

Já o Cade suspendeu a parceria da Cielo com o Facebook, que permitiria pagamentos pelo Whatsapp.

O objetivo é fornecer serviços e produtos bancários de investimento, seguridade, meios de pagamento e relacionamento. Também está previsto um marketplace para oferta de bens e serviços pela plataforma digital do BRB.

A parceria tem início assim que aprovada pelo conselho do Flamengo.

Do setor de alimentos, os frigoríficos brasileiros JBS, Marfrig e Minerva assinaram declarações pedidas por autoridades chinesas dizendo que suas exportações estão livres do coronavírus, segundo informou a Reuters.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.